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Política
Domingo - 17 de Abril de 2011 às 18:17
Por: Romilson Dourado

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A Justiça eleitoral freou, mas não conseguiu acabar com o troca-troca partidário. Em Mato Grosso, as lideranças que mais mudaram de legenda são o presidente da Assembleia, deputado José Riva, o vice-governador Chico Daltro, e o ex-prefeito de Jaciara Valdizete Nogueira. Por coincidência, os três estão hoje no PP e se preparam para novo pulo, agora para ingressar no PSD.

Riva e Daltro vão aderir ao sexto partido em suas trajetórias políticas. Encontraram na nova legenda o único caminho para não ferir a regra da fidelidade partidária. O TSE estabeleceu que, a partir de março de 2007, detentor de mandato que mudar de sigla sem justificativa plausível deve perder o cargo porque entende que a cadeira pertence ao partido e não a pessoa. A única exceção para não ser punido é quando se adere a um partido novo. É nesse esteira que os progressistas estão entrando para chegarem ao PSD sem colocar os mandatos em risco.

Riva pertencia ao velho PDS (ex-Arena). Em sua trajetória política de prefeito de Juara e de deputado estadual por quatro vezes, já passou pelo PMN, PTB, PSDB e agora vai trocar o PP pelo partido que está sendo fundado no país pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Na ocupação dos mandatos de vereador por Cuiabá, de deputado estadual e de vice-governador, Daltro esteve no PL, que se fundiu com o Prona e se transformou no PR, no PMDB, no PDT, no PSDB e no PP. Valdizete Nogueira está no sexto partido. Já militou no PMDB, PDT, PSDB, PPS, PP e  decidiu saltar para o PSD.

Dos 8 deputados federais mato-grossenses, os que mais entraram no troca-troca foram Wellington Fagundes, Pedro Henry e Eliene Lima. O primeiro estreou na vida pública no PL, foi para o PSDB, voltou ao partido de origem e depois aderiu ao PR. Henry pertenceu ao PDT, ao PSDB e está no PP. Eliene militou no PDT, PSB e PP e vai também para o PSD.

Do quadro de deputados estaduais, há outros, além de Riva, que mudaram várias vezes. Percival Muniz, por exemplo, já passou pelo PMDB, PSB, PSDB e está no PPS. Sérgio Ricardo esteve no PMN, PPS, PFL e se "estabilizou" no PR. Não fosse a imposição da regra da fidelidade partidária, embora com exceções, dezenas de lideranças políticas com mandatos estariam hoje envolvidas em mais uma etaá do troca-troca de legendas.





Fonte: RD News

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