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Meio Ambiente
Sexta - 13 de Maio de 2011 às 13:16

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O vice-presidente Michel Temer (PMDB) minimizou o conflito na base aliada do governo e disse que a discussão em torno do Código Florestal é natural.

"A sensação que tenho, com toda a franqueza da minha experiência, é de que a discussão vai continuar e não será votada na semana que vem. Mas eu penso que em mais uma semana votaremos esse código. Não haverá necessidade de nenhuma atitude mais drástica", disse Temer em aula magna com o tema reforma política na Universidade Mackenzie, nesta sexta-feira.

O vice-presidente voltou a defender hoje o sistema distrital misto para que a reforma política seja transitável no Congresso.

Ontem, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), se comprometeu a não votar mais nada antes da conclusão do Código. Isso travaria a pauta da Casa. "Vou tentar ganhar esses dias não para mudar o plenário. Mas para mudar a posição do governo, que tem de respeitar o que esta Casa quer num dos momentos mais legítimos", discursou Alves.

Temer rebateu hoje que "não é o governo que está segurando a votação. Mas uma tentativa de fazer uma conciliação".

Na opinião do vice de Dilma Rousseff, com a repercussão internacional das causas ambientais, seria "mais útil para o país que se chegue a um acordo". Ele defendeu que em caso da manutenção das divergências, o caso seja votado no plenário.

Na semana passada, Temer afirmou que acreditava que um acordo em relação ao Código se daria nesta semana. Hoje, ele mudou de opinião ao afirmar que "acredita que não será votada nem na semana que vem".

PARALISAÇÃO

A Câmara ficará paralisada ao longo da próxima semana, pois o presidente da Casa, Marco Maia (RS), e o líder do PT, Paulo Teixeira (SP), viajaram ontem para a Coreia do Sul, de onde só voltam no dia 20.

Eduardo Alves acompanhará o vice-presidente Michel Temer em viagem à Rússia até a quarta-feira. Sem os principais líderes na Casa, restariam ao governo as MPs.

Ontem, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), disse que as medidas provisórias serão votadas e aposta que a promessa do PMDB não será mantida.

Já o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, atribuiu o discurso a um momento de "desgaste físico e emocional".

Só que Eduardo Alves reiterou a ameaça feita anteontem: "Se tentasse votar a 521 [MP que inclui as obras da Copa] antes de um entendimento, a Casa não vai querer votar, nem o PMDB. Nesse clima de frustração, poderia ter uma reação de não votar".

A interrupção em plenário evidenciou a desarmonia do PT. Na noite de quarta, Paulo Teixeira recebeu um texto mais duro com os ruralistas.

Horas depois, apoiou o projeto apresentado pelo relator Aldo Rebelo (PC do B-SP) sem saber que fora flexibilizado. No plenário, protestou contra as mudanças: "O acordo do PT é com o texto que recebemos às 21h", reafirmou ontem.

Hoje, 11 medidas provisórias trancam a pauta da Câmara. Sete delas só têm validade até o dia 1º de junho.

A mais sensível ao governo é a 521, que dribla parte das regras da Lei das Licitações para as obras da Copa e nas Olimpíadas.
 






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