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Terça - 14 de Junho de 2011 às 14:47

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Cerca de 450 famílias invadiram duas fazendas na região sudoeste de Mato Grosso, sendo uma em Cáceres e outra em Glória D"Oeste, a 210 e 304 quilômetros de Cuiabá, respectivamente, na madrugada desta terça-feira (14). As áreas são tidas como improdutivas e os atuais proprietários não têm a documentação delas, conforme o coordenador do Movimento Sem Terra (MST) da região, Nilo da Silva.

Agora, os representantes do MST aguardam negociação com a superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e com os próprios fazendeiros. Segundo Nilo, a definição quanto às famílias que precisam de terra se deu após levantamento realizado pelo movimento desde fevereiro deste ano.

Com 2,5 mil hectares, a fazenda Rancho Verde, em Cáceres, foi ocupada, sem conflito, por mais de 120 famílias, mas a previsão é que esse número aumente com a chegada de mais pessoas até o final de semana. Já na fazenda Mutum, que possui 3,5 hectares, há pelo menos 250 famílias.

O coordenador do MST da região sudoeste do estado explica que o processo de ocupação tramita desde 2006 no Incra e que, uma das propriedades, já passou por duas vistorias em que foi constatada a improdutividade da área. “O problema é que o Incra faz o laudo, mas não liberam e jogam a culpa no Incra nacional”, disse Nilo, em entrevista ao G1, por telefone.

A fazenda localizada em Glória D"Oeste, segundo o representante do MST, arrendou a área para uma multinacional cultivar teca porque não conseguiam produzir. Ocorre que, segundo Nilo, a terra não pode ser arrendada e pode ser ocupada já que o proprietário não é o responsável pela plantação.

Nesse caso, se não conseguir comprovar o direito de posse, os fazendeiros devem ser ressarcidos pelas benfeitorias realizadas nos locais.

O superintendente do Incra, Willian Sampaio, disse ter tomado conhecimento há pouco sobre as invasões e que até o momento não houve nenhuma definição em relação ao caso.





Fonte: Do G1 MT

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