Funerárias brigam no IML por corpo e família protesta
Proprietários de duas funerárias protagonizaram uma cena lamentável ao disputar um corpo, na frente dos parentes, na porta do Instituto Médico Legal (IML). O incidente aconteceu em Barra do Garças (503 km de Cuiabá), na noite de segunda-feira (4), após legistas liberarem o corpo de Valdeilton Marciano da Silva, 29 anos, para sepultamento.
As funerárias Serpes e Barra do Garças apareceram no IML e os encarregados começaram a discutir de quem seria o direito de fazer o enterro.
O proprietário da Funerária Barra do Garças, Paulo Reis, disse que sua empresa está de plantão e seria a responsável legal para cuidar do sepultamento. Entretanto, a concorrente estaria ‘furando’ o plantão.
Segundo Reis, a Serpes teria apresentado uma ficha nova colocando o finado como dependente de um associado e para ele, isso teria sido uma manobra para lhe tirar o cliente. A concorrente, que é cunhada do Paulo e esposa do auxiliar de necropsia João Batista, não quis falar sobre o assunto.
João Batista lamentou o desentendimento e ressaltou que a família do finado estaria reclamando que Valdeilton seria dependente da Serpes e, portanto, essa funerária teria o dever de fazer o sepultamento sem onerar a família.
Essa não é a primeira vez que as funerárias entram em divergência por causa de escala de plantão e a confusão aumenta quando o finado tem convênio com outra funerária que esteja fora do regime.
A irmã de Valdeilton, Luzilene da Silva, lamentou o constrangimento que a família estava passando na porta do IML em ver as funerárias discutindo e sem saber quem iria fazer o enterro. Ela reclamou que parentes já estavam abatidos pela forma que Valdeilton faleceu e por isso resolveu chamar a imprensa para registrar esse desentendimento.
Outra polêmica sobre esse assunto é com relação aos preços praticados no trabalho de construção de jazigos, capelas e túmulos nos cemitérios de Barra do Garças onde os parentes reclamam que não existe uma tabela e a cobrança é feita de acordo com a ‘cara’ do cliente, ou seja, do poder aquisitivo. A Câmara de Vereadores já tentou padronizar esses trabalhos e sempre esbarra nos interesses de terceiros. É o caso da disputa das funerárias.
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