"Os respiradores funcionam até duas horas sem energia, em nenhum momento os pacientes ficaram sem respirar. Apenas a paciente que chegou depois foi atendida por um respirador manual inicialmente. Sou médico e posso garantir que a morte foi por complicações da doença, sem nenhuma relação com o tumulto da superlotação", ressalta.
O diretor reconhece o problema da superlotação na emergência do Hospital Dório Silva. Segundo ele, diariamente o setor opera acima da capacidade, por falta de leitos.
"O problema é real, a gente não esconde. Até na rede privada está faltando leitos. Temos sete boxes para atendimento de emergência, mas chegamos a atender 14 pacientes por dia", relata.
CRM vai abrir sindicância
O vice-presidente do Conselho Reginal de Medicina (CRM-ES), Oswaldo Luiz Pavan Júnior, disse que o conselho está reunindo material divulgado na imprensa sobre o caso para abrir uma sindicância e apurar de onde partiu a falha que resultou na morte do paciente, na noite desta quinta-feira (7).
"Não podemos fazer pré-julgamentos. Vamos ouvir todas as partes envolvidas e apurar se houve negligência, imperícia ou imprudência de alguma parte. Se for comprovada alguma irregularidade, as partes responsáveis poderão responder a um processo ético", explica.
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