Desde fevereiro quando ficou viúvo o homem voltou a morar com os pais e a irmã, ele precisa de ajuda para cuidar dos filhos. “O leite que ele toma, é um leite artificial tem que comprar e não é barato, custa R$ 45 a lata que dura uma semana”, conta o pai das crianças.
O filho menor do casal não vai conhecer a mãe, já a filha de seis anos ainda não consegue entender poque mudou de casa e mora com os avós. A vida da família mudou drasticamente quando a mulher morreu de hemorragia no parto do segundo filho, agora a família se ajuda para cuidar das crianças. “Babá aqui é minha mãe e minha irmã porque elas revezam e têm o serviço delas”, diz o pai.
Com salário de pouco mais de R$ 800 o pai trabalha o dia todo, a avó e a tia se revezam para cuidar das crianças. Na época da morte a família entrou na Justiça pedindo acesso aos documentos do hospital, o que foi autorizado pelo juiz, e ajuda financeira para pagar enfermeira, nutricionista para ajudar a criar o bebê. Isso foi negado e só agora os desembargadores do Tribunal de Justiça concederam o direito.
A família e o advogado de defesa ainda não receberam a informação oficialmente, mas sabem que o acordo do tribunal determinou uma quantia a ser paga a família. “São dois salários mínimos, então seria para pagar uma pessoa e apresentar comprovação jurídica de que realmente está pagando”, afirma o advogado de defesa.
A decisão ainda pode ser contestada pela maternidade no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Outra ação em que a família pede à maternidade reparação de danos, indenização e danos existencial, ainda tramita na Justiça.
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