O Ibovespa já registra alta de 14,2% no ano. Mas nem tudo está perdido, na avaliação do Santander. O banco espera que o principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) se mantenha dentro da faixa de negociação em que se manteve em 22 meses até junho deste ano: entre 58 mil e 73 mil pontos, com tendência de alta.
"Esperamos uma recuperação no curto prazo, e continuamos assumindo riscos em nossa estratégia recomendada", diz Marcelo Audi, estrategista da corretora do Santander, em relatório. Na ponta otimista, a avaliação do especialista se baseia na expectativa de que os indicadores econômicos em mercados desenvolvidos mostrem uma melhora marginal.
Na outra ponta, o principal vento desfavorável esperado é a desaceleração do ciclo da economia doméstica no segundo semestre. "Entretanto, o desaquecimento suave da economia que esperamos deve trazer resiliência ao mercado", diz Audi.
Carteira recomendada
A corretora do Santander deu início à mudanças na alocação de sua carteira recomendada, saindo de setores cíclicos domésticos, já que avalia que a economia brasileira está prestes a entrar em um processo mais amplo de desaceleração.
A corretora retirou de sua carteira as ações PDG ON, Duratex ON, CBD PN, Iochpe-Maxion ON e Totvs ON. Por outro lado, adicionou as ações da Amil ON, Cyrela ON, Fibria ON, Braskem PNA, Telesp PN e JBS ON.
Entre os papéis mantidos na carteira recomendada do Santander estão os ligados à commodities Vale PNA, Petrobras ON e MMX ON, as construtoras MRV ON e EZTec ON, além da BR Properties ON. No setor financeiro os papéis escolhidos são Itaú Unibanco PN e as units da SulAmérica. Compõe ainda a carteira as ações Ecorodovias ON, Hering ON, Cesp PNB e Gerdau PN.
(Thais Folego/Valor)
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