Bovespa cede 0,3% no fechamento e tem 2ª pior semana do ano

A Bolsa de Valores brasileira teve o seu segundo pior desempenho semanal do ano (queda de 3,3%), sem que os investidores deem mostrar de ânimo para retomar as compras, apesar da forte queda acumulada de 14% desde o início do ano.

Os motivos se acumulam: um cenário externo cada vez mais turbulento, e as preocupações com a trajetória de inflação (e a extensão do aperto monetário, por consequência) no front doméstico.

Para a semana que vem, os profissionais do setor financeiro ainda veem poucas chances de uma reversão. O analista técnico da Geraldo Correa Corretora, Lucas Gontijo, observa que a Bolsa perdeu um importante patamar de preços nesta semana --os 60.250 pontos.

Caso o Ibovespa continue a oscilar abaixo desse nível de preços na semana que vem, os investidores na ponta de venda podem levar o índice de ações ainda mais para baixo, rumo aos 58 mil, e possivelmente, aos 57 mil pontos, caso o "piso" anterior seja rompido.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, recuou 0,34% no fechamento, aos 59.478 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,7 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, valorizou 0,34%.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,577, em baixa de 0,06%.

Ontem à noite, a agência Standard&Poor"s seguiu o exemplo da Moody"s e também alertou que pode rebaixar o "rating" (nota de risco de crédito) atribuído aos títulos da maior economia mundial.

No front doméstico, a FGV apontou deflação de 0,12% em julho, ante 0,22% em junho, pela leitura do IGP-10, considerado como uma estimativa prévia do IGP-M, utilizado para o reajuste dos aluguéis.