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Quarta - 20 de Julho de 2011 às 08:30

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O primeiro casamento gay várzea-grandense acontece hoje, no cartório de registro civil da localidade de Capão Grande. Os organizadores de eventos Inácio Handell, de 23 anos, e Cesar Dawol, 32, que vivem juntos há quase dois anos, decidiram se unir formalmente há menos de um mês.

Para celebrar o momento, o casal vai reunir os familiares e alguns amigos mais próximos em um almoço. Ontem à tarde, Inácio e Cesar deram uma pausa nos preparativos da festa e contaram a história do relacionamento, planos e preocupações à equipe de reportagem do Diário.

Inácio e Cesar se conheceram em julho de 2009, durante uma festa. Eles contaram que foi amor à primeira vista, mas somente um mês depois, quando se reencontraram em outra festa, começaram a namorar, e em duas semanas passaram a morar juntos.

Agora, além da certeza de que compartilham um sentimento de um amor, que esperam ser duradouro, os dois querem assegurar direitos mútuos previstos na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para de união estável homoafetiva, em vigor desde cinco de maio deste ano. Eles querem resguardar, entre outros direitos, plano de saúde, pensão e herança de bens.

Inácio contou que desde os 12 anos sabia que era homossexual, mas teve de contar pelo menos umas três vezes para a mãe - que não aceitava sua orientação sexual -, a primeira aos 16 anos. Hoje, diz, mantém uma relação amigável com a mãe, o que o faz sentir melhor por não viver em conflito com uma pessoa tão importante em sua vida, a mulher que ele tanto ama.

Já Cesar diz que somente aos 20 anos, depois de namorar várias mulheres, teve o primeiro sentimento homossexual. “Do nada, olhei e me apaixonei por um rapaz”, contou. Depois disso, ainda demorou três anos para entender que era o que sentia e queria. No intervalo entre a primeira paixão e a aceitação, diz, ainda namorou outras garotas.

Em família, a revelação de Cesar sobre uma orientação sexual diferente daquilo que a sociedade convencionou como normal surpreendeu.

Entretanto, diz, o impacto limitou-se ao choro da mãe, que minutos depois disse o que ele espera ouvir: que não o amaria menos por causa da homossexualidade. “O que ela fez foi muito importante para mim”, observou, lembrando a irmã será testemunha da união.






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