Servidor acusado de mandar matar pró-reitora da UFMT irá a júri popular

O funcionário público federal Jorge Luiz Tabory, acusado de ser mandante do assassinato da pró-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) , campus de Rondonópolis, Sorahia Miranda de Lima e dos servidores Luiz Mauro Pires Russo e Alessandro Luiz Fraga, deve enfrentar júri popular pelo triplo homicídio em outubro deste ano. A data ainda será definida pelo juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro. O crime foi cometido em 27 de novembro de 2007.

Os servidores foram assassinados a tiros, em frente à casa da pró-reitora, no bairro Colina Verde, por volta das 23h30, quando retornavam de uma reunião em Cuiabá. O executor das mortes foi o lavador de carros Jaeder Silveira dos Santos. Ele foi a júri popular em dezembro de 2008 e condenado a 33 anos de prisão. Como ele não recorreu da denúncia do MPF, a sentença saiu mais rápido.

Na terça-feira (19), Tabory foi ouvido no processo que responde por falsidade ideológica. A denúncia é de que ele teria aberto um lava a jato em nome de um amigo de infância. Ocupando o cargo na UFMT, ele mandava lavar carros da instituição no próprio lava a jato. Este seria um dos motivos para a morte da pró-reitora que teria descoberto a irregularidades e passou a ser ameaçada. Caso seja condenado, Tabory pode cumprir até cinco anos de reclusão.

Conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Soraiha e Luiz Mauro começaram a viabilizar uma forma de lavar os carros na própria universidade. “Diante da eminente possibilidade de ver esta fonte de receita tolhida, Jorge arquitetou a trama criminosa e contratou Jaeder para execução do repugnante intento, de modo a garantir a viabilidade dos negócios empresariais ilícitos que mantinha com a Universidade Federal de Mato Grosso”, diz parte do documento.

Jorge Luiz Tabory está preso na Penitenciária da Mata Grande.