Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Internacional
Sábado - 23 de Julho de 2011 às 16:36

    Imprimir


Entre quatro e cinco pessoas ainda estão desaparecidas após o tiroteio de sexta-feira num acampamento de verão da juventude trabalhista na ilha de Utoeya, a 40 km de Oslo, na Noruega, que vitimou 85 pessoas. A informação é da polícia local.

Ao menos outras sete pessoas também morreram em uma explosão que atingiu o prédio onde fica o gabinete do primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, em Oslo, totalizando 92 vítimas. A polícia informou ainda que há a possibilidade de haver mais corpos nos prédios do governo.

O suspeito de abrir fogo foi detido e admitiu ser o autor dos disparos, afirmou uma autoridade da polícia norueguesa, acrescentando que os agentes ainda investigam se uma segunda pessoa teria participado do atentado na ilha, como dão a entender alguns depoimentos.

"O suspeito se entregou à polícia quando os agentes chegaram, sem opor resistência", contou um oficial da corporação aos jornalistas.

"Os tiros foram disparados por cerca de uma hora e meia", afirmou o policial, acrescentando que o atirador carregava duas armas.

Questionado sobre a presença de um segundo criminoso, o oficial respondeu que a polícia "não estava totalmente certa da informação" e que seguia investigando.

Mais cedo, o porta-voz da polícia de Oslo, Trine Dyngeland, disse não haver "relatos concretos de um segundo atirador, apesar de não estarmos excluindo nenhuma possibilidade".

  Reprodução Facebook  
Foto do suposto atirador em sua página no Facebook
Reprodução da foto do suposto atirador de ataque na Noruega em sua página no Facebook

SUSPEITO

O suspeito do massacre da ilha já foi identificado como o norueguês Anders Behring Breivik, 32, ligado à militância política de extrema-direita e aparentemente um cristão radical. Ele entrou no recinto com uniforme da polícia e foi preso após o incidente.

Até agora, a tese era de que ele havia agido sozinho tanto no ataque ao prédio público --que deixou pelo menos sete mortos-- quanto no massacre da ilha --que matou pelo menos 84 pessoas.

Não se descartava, no entanto, que ele tivesse cúmplices, sobretudo no atentado ao complexo governamental de Oslo.

Os dois ataques foram cometidos com apenas duas horas de diferença. A hipótese mais sólida era de que o suspeito tinha ativado o carro-bomba que explodiu na capital para depois seguir em direção à ilha, situada a cerca de 40 quilômetros da capital.

TRAGÉGIA NACIONAL

O duplo atentado foi classificado de "tragédia nacional" pelo primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, do Partido Trabalhista. Ele planejava visitar justamente neste sábado a colônia de férias de jovens seguidores de sua legenda, acampada na ilha de Utoeya, onde estavam concentradas cerca de 560 pessoas.

Stoltenberg disse ainda que as autoridades norueguesas estão trabalhando com agências de inteligência estrangeiras para determinar se houve algum envolvimento internacional nos ataques.

"Temos mantido contatos com os serviços de inteligência de outros países", disse Stoltenberg após se reunir com sobreviventes do ataque em um hotel perto do local onde um atirador matou 84 pessoas.

"Parte da investigação está em andamento", disse. "Parte dela é obviamente para... investigar se há alguma conexão internacional."

Stoltenberg classificou o atentado de a "pior tragédia desde a Segunda Guerra Mundial".

"Foi um ataque ao paraíso da minha juventude, transformado agora em um inferno", acrescentou o político.

SEGURANÇA

O Exército e a polícia da Noruega reforçaram a segurança em torno dos prédios e instituições potencialmente ameaçados

As autoridades suspenderam a orientação para que a população permaneça fora do centro da capital norueguesa, alvo de uma violenta explosão na zona da sede do governo.

"A zona da sede do governo permanecerá isolada até nova ordem. A polícia e o Exército vão proteger os prédios e as instituições sob potencial ameaça", informou a polícia de Oslo.

"A situação no centro de Oslo já não é caótica e a orientação para evitar a região foi suspensa", destacou a polícia.

  Editoria de Arte/Folhapress  
 





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/59206/visualizar/