Ata é a última semana de julho 66% da safra 2010/11 de milho já tinham sido comercializados pelo produtor rural de Mato Grosso. Na prática, em torno de 4.4 milhões de toneladas do grão já foram comprometidas junto às traidings e devem ser destinadas principalmente para a exportação.
Em 2011 os negócios realizados pelo agricultor mostraram-se superiores ao verificado no mesmo período do ano passado, quando a comercialização do cereal atingiu 46,8%. A evolução foi calculada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No acumulado de sete meses, o preço oferecido para o milho no estado já registrou médias superiores aos R$ 20. No ciclo passado, por exemplo, chegava a R$ 9. Para o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, a valorização tornou-se fator essencial para garantir a venda do produto. "O preço foi um fator essencial e agora restou um volume pequeno", destacou.
O Nordeste mato-grossense registrou até a semana passada o percentual mais elevado de venda do milho desta segunda safra. Ainda segundo o Imea, mais de 87,3% do milho já estão comprometidos.
Em Mato Grosso, o produtor costuma reservar ao milho aproximadamente 30% da área onde fez o plantio de soja. No Nordeste, este percentual é menor, em torno de 12%. "No Nordeste começa-se a plantar soja um pouco mais tarde e isso diminui a área de milho. É uma região próxima de Goiás, onde estão vários confinamentos, o que faz o consumo aumentar. O volume produzido é menor, mas há um mercado consumidor local", contextualizou Celidônio.
Apesar de a comercialização do milho estar registrando um bom desempenho neste ano, Celidônio lembra que o fator produtividade ainda preocupa o produtor no Estado. Isto porque em 2010/11 vários produtores registraram médias inferiores em relação ano passado, em virtude do baixo volume de chuvas."O produtor está satisfeito com o preço mas a produção preocupa. Se o preço está bom para uma produtividade média de 70, 80 sacas quando a produtividade baixa de 60 sacas", complementou.
Comentários