Dólar fecha semana em alta de 2%; Bovespa sobe 0,26%

O dólar fechou novamente em alta nesta sexta-feira, acumulando valorização de 2,12% na primeira semana do mês, marcada pela forte queda nos mercados de ações em todo o mundo. A variação semanal é a maior desde a primeira de maio (2,79%).

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,587, na venda, em alta de 0,37% no dia. Pela manhã, a moeda americana chegou a ser negociada na cotação mínima de R$ 1,575, mas acabou invertendo o sinal e chegou a valer R$ 1,602. A cotação para compra ficou em R$ 1,585.

Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,690 e comprado por R$ 1,530 nas casas de câmbio paulistas. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) subiu 0,26%.

Para Eduardo Duarte, operador da mesa de câmbio da ICAP Brasil, a volatilidade no mercado de câmbio ocorreu em função da oscilação nos mercados de ações nesta sexta.

"O dólar perdeu valor contra quase todas as moedas no dia, todas as moedas se valorizaram, com exceção do franco suíço", disse, se referindo aos contratos futuros, que, segundo ele, têm mais liquidez.

Os contratos de dólar futuro, para outubro deste ano, fecharam em queda de 0,49%.

Para Duarte, as novas medidas tomadas pelo governo para controlar as operações com derivativos no país engessaram o mercado de câmbio. "As pessoas se questionam se vale a pena comprar dólar porque na hora de vender vão ter que pagar IOF [Imposto sobre Operações Financeiras]. E quem já tem, pensa se vale a pena vender por causa disso. Você fica muito engessado."

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, os contratos de curto prazo tiveram queda, com a especulação do mercado de que o Banco Central pode ter de cortar a taxa básica Selic caso a economia global entre em uma nova crise.

No contrato para outubro de 2011, a taxa caiu de 12,40 para 12,37%. No vencimento de janeiro do ano que vem, a taxa projetada permaneceu foi de 12,39% para 12,34%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa passou de 12,31% para 12,25%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.