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Economia
Sábado - 06 de Agosto de 2011 às 09:37
Por: Leandro J. Nascimento

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Mato Grosso registrou alta de 6% no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), no acumulado entre janeiro a julho deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). O percentual é superior ao registrado na média brasileira, que em sete meses viu crescer 4% no custo para se construir projetos padrões, que passou de R$ 768,44 para R$ 800,02. A análise do instituto, divulgada nesta sexta-feira (05), leva em conta somente as despesas com materiais e salários (acrescidos dos encargos sociais).

No estado, de acordo com o Sinapi, o custo médio da construção por metro quadrado, no mês de julho, alcançou os R$ 805,30, sendo o segundo mais alto quando comparado aos demais estados membros do Centro-Oeste brasileiro. Em janeiro deste ano, o gasto médio com a construção era de R$ 759,25. O Distrito Federal apresentou o maior, na avaliação do IBGE: R$ 832,42. Já o Mato Grosso do Sul, outros R$ 800,45; e Goiás, R$ 769,89.

O presidente do Sindicato da Construção de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Cezário Siqueira, explica que alguns fatores contribuem na hora de puxar para cima o índice que mede o preço gasto na hora de construir. Entre eles, o fato de Mato Grosso estar distante dos centros produtores de matéria-prima. O reajuste concedido aos trabalhadores do setor, ainda no mês de maio, na ordem de 16%, também influenciou o resultado.

"Este custo [805,30] é para um projeto padrão com materiais pré-definidos, como um básico, e trata somente de um pacote de serviços e materiais específicos", declarou o dirigente. Para o presidente do Sinduscon, a variação de 6,11% em sete meses pode ser classificada como "dentro dos padrões".

A análise do IBGE mostrou que mesmo o índice da construção aumentando em Mato Grosso entre janeiro a julho, há Estados do país onde apesar da variação no igual período ter sido menor, o custo na hora de implementar projetos básicos mostra-se superior. É o caso de São Paulo, onde a alta do Sinapi foi de 4,25% entre janeiro a julho. Já o custo médio na hora de se construir, calculado para julho, ficou em R$ 876,34.

"A realidade não preocupa porque nossa variação é sempre mais alta, já que estamos distante do estado produtor de matéria-prima", salientou Siqueira. A tendência é que ao longo deste segundo semestre os índices do setor sofram novos reajustes, baseado na realização de obras públicas provenientes dos programas federais.

Mercado aquecido
Em Mato Grosso, a construção civil mostra-se aquecida neste ano, em especial pela implementação de grandes projetos pela iniciativa privada, como o setor imobiliário, e Poder Público, com as obras para a Copa do Mundo de 2014, e demais oriundos de programas da União. Contudo, o setor ainda enfrenta a falta de profissionais qualificados e esbarra na oferta maior de vagas em relação ao de empregados.

Segundo Cezário, a estratégia é atrair mais trabalhadores para a construção civil, principalmente pelos salários. O êxodo de profissionais do setor para outros segmentos deveu-se, em grande parte, aos baixos salários pagos no passado, conforme o Gonçalves. "O trabalhador não possuia remuneração adequada. Mas hoje o setor está atrativo para a mão-de-obra e isso mostra que muitos vão voltar para a construção, acrescentou". Segundo o sindicato, atualmente o salário médio de produção para um pedreiro gira em torno de R$ 1,2 mil. Para um carpinteiro, entre R$ 1,4 e R$ 1,5 mil.

Emprego
Entre janeiro a junho, a construção civil ocupou a quarta posição dentre os setores que mais empregaram em Mato Grosso, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo verificado no período foi positivo, com 3.564 trabalhadores com carteira assinada. Ao todo, 23,8 mil foram admitidos até junho. Outros 20,2 mil foram demitidos.





Fonte: Do G1 MT

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