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Agronegócios
Terça - 09 de Agosto de 2011 às 15:36

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A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) se reúne com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) nos próximos dias em Brasília para tentar trazer o Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) para Mato Grosso. Além disso, a Acrismat se reunirá com os deputados e senadores mato-grossenses para falar sobre a realidade dos suinocultores no estado e pedir ajudar para ampliar o mercado para a carne suína no exterior e diminuir o custo de produção.

Presente em diversos estados brasileiros, o Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura está contribuindo para o aumento do consumo de carne suína no Brasil, refletindo diretamente nos resultados econômicos do setor. O objetivo geral do projeto é contribuir para o desenvolvimento da suinocultura brasileira, trabalhando para uma maior estabilidade econômica da atividade e os consequentes benefícios sociais para os produtores e trabalhadores da cadeia produtiva, através da ampliação do mercado doméstico da carne suína.

De acordo com o presidente da Acrismat, Paulo Lucion, outro problema enfrentado pelos suinocultores mato-grossenses é o preço da saca de milho, comercializado entre R$16 a R$18, que está inviabilizando a produção de suínos no Estado. “Precisamos que o governo interfira e venda milho mais barato para os produtores do nosso Estado, o preço da carne caiu e o milho aumentou, está cada vez mais difícil trabalhar”, revelou o presidente.

Segundo Lucion, outro custo alto da produção é a energia, que consome boa parte dos recursos da atividade. Recentemente, a Acrismat solicitou ao Governo do Estado a suspensão temporária do percentual de ICMS que incide sobre as contas de energia dos produtores de suínos. “No Paraná, já há um dispositivo em forma de legislação que suspende a cobrança de ICMS sobre a energia dos suinocultores assim que o setor entra em crise”, informou.

“Precisamos ainda desatrelar essa crise do embargo russo, que infelizmente mesmo depois de resolvida a crise irá permanecer no setor, por isso, precisamos enfrentar a questão de abastecimento de milho e alinhar a demanda interna”, reforçou Lucion.

O diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues defende que é preciso buscar novos mercados para a carne suína no exterior e aumentar o consumo interno. “Hoje produzimos para exportar 80% da nossa produção segue pra Rússia, Ucrânia e Hong Kong. Para não ficarmos reféns destes mercados precisamos que o governo tenha uma política de estoque de carne e milho e que principalmente fomente o consumo interno”, endossou.

No entanto o que mais preocupa todo o setor atualmente é a queda vertiginosa no valor do quilo do suíno nos últimos anos, e a consequente frequência de prejuízos do produtor. Segundo dados da Acrismat que hoje reúne 350 produtores, o valor do custo de produção hoje é de aproximadamente R$2,10 mas o quilo está sendo comercializado por até R$1,41.
 





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