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Meio Ambiente
Quarta - 10 de Agosto de 2011 às 11:43
Por: Leandro J. Nascimento

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tratores apreendidos (Foto: Assessoria/Ibama)
Tratores foram apreendidos durante operação do
Ibama em Mato Grosso. (Foto: Assessoria/Ibama)

Cerca de três meses após o governo federal lançar em Mato Grosso um plano especial para reprimir o desmatamento ilegal da floresta - que entre os meses de março e abril atingiu níveis críticos - o volume de autos de infração emitidos posterior ao período já atingiu a marca de R$ 460 milhões. No total, 60 mil hectares de terras foram embargados. Os números referem-se a um balanço parcial apresentando na tarde desta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá.

O município serve como base da operação que concentra agentes do instituto, Força Nacional, além de outros representantes do setor de segurança. Entre os meses de abril e julho, 80 caminhões e 40 tratores, empregados tanto para a exploração ilegal de madeira, quanto o desmatamento mediante corte raso, foram apreendidos. O superintendente do Ibama em Mato Grosso, Ramiro Martins Costa, diz que as ações estão refletindo diretamente no registro das ocorrências pelos municípios do estado.

Segundo ele, a presença efetiva de agentes do estado tem coibido a prática ilegal, embora ainda seja flagrada a presença do homem em áreas de floresta, retirando madeira sem a devida autorização dos órgãos competentes. "Há uma grande expectativa de fechar o ano com uma queda no desmatamento, baseado no compromisso que foi assumido", declarou Ramiro, em entrevista ao G1.

Ramiro diz que a queda na ocorrência do desmate ilegal a corte raso pode ser associada à diminuição das áreas onde o órgão ambiental tem feito vistorias. Nestes três meses de operação foram 600 polígonos verificados. A operação também foi responsável pela apreensão de aproximadamente dois mil metros cúbico de madeira serrada e outros 13 mil em tora. Vinte e seis pessoas foram encaminhadas aos agentes policiais após terem sido flagradas atuando de maneira direta ou indireta na destruição da floresta.

madeira apreendida em MT (Foto: Assessoria/Ibama)
Parte da madeira apreendida pelo Ibama foi doada
para instituições. (Foto: Assessoria/Ibama)

Boa parte do material apreendido foi doado para instituições, prefeituras em Mato Grosso e até mesmo de outros estados, como um hospital de São Domingos do Sul (RS). O superintendente do Ibama lembra que o fato de haver autos de infração não basta para coibir a prática.

"É preciso tirar o bem. Sendo um produto oriundo do crime, estamos tirando e destinando a outros fins. Sabemos que a multa não basta, pois o cidadão pode recorrer. Já o bem, o caminhão, o trator, ele perde e sente [o prejuízo financeiro]", acrescentou.

Segundo no ranking
Em junho, 313 quilômetros quadrados da Floresta Amazônica foram desmatados por corte raso ou degradação progressiva. O estado do Pará encabeçou a lista, com 119,63 km². Já Mato Grosso ficou na segunda posição, com 81,54 km², segundo o Deter, sistema de detecção do desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Rondônia ficou na terceira posição, com 64,15 km².

O gerente-executivo do Ibama em Sinop, Evandro Carlos Selva, acredita que a diminuição no volume de desmate deve se tornar constante. "Hoje não encontramos mais desmatamento em andamento. O que está ocorrendo agora são flagrantes em exploração ilegal de madeira, que é a primeira etapa do desmatamento", concluiu Selva.





Fonte: Do G1 MT

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