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Ciência
Sexta - 25 de Outubro de 2013 às 20:42

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 Ao longo da vida, o cérebro vai perdendo neurônios e, por isso, é importante estimulá-lo no dia a dia para que ele recupere essa perda e crie cada vez mais conexões.
 
Quanto mais conexões, maior a capacidade da pessoa realizar determinadas funções e, no caso dos idosos, é extremamente importante que haja estímulos externos para isso, como alertaram o geriatra Carlos André Freitas dos Santos e o neurocientista Antônio Pereira Júnior no Bem Estar desta sexta-feira (25).
 
De acordo com os especialistas, no entanto, o idoso precisa estimular o cérebro com atividades diferentes do que está acostumado no dia a dia. Isso porque o cérebro se acostuma com as habilidades corriqueiras e, por isso, precisa de novidades para ser desenvolvido de outra maneira.
 
Uma pessoa que leu a vida inteira, por exemplo, não deve procurar na leitura uma maneira de se distrair, mas sim em outro hábito, como tocar um instrumento, como explicou o geriatra Carlos André Freitas dos Santos.
 
Esses novos estímulos podem ajudar a melhorar a memória, a agilidade e também a coordenação motora do idoso, fazendo com que ele tenha a mesma capacidade de aprendizado de um jovem.
 
É importante ressaltar que ainda que, apesar de ter a mesma capacidade de aprendizado, a velocidade do processamento das informações no idoso é diferente. Os mais velhos acham difícil, por exemplo, guardar nomes de rua e de pessoas porque o número de sinapses no cérebro diminui com o tempo – ou seja, é como se algumas informações ficassem guardadas em um lugar mais nobre do cérebro. Dessa maneira, ele consegue se lembrar de algo que aconteceu há 50 anos, mas não se lembrar do que fez na última semana. Por esse “espaço nobre” do cérebro estar cheio de memórias, é difícil que o idoso guarde novas informações, ao contrário dos jovens, que têm esse espaço praticamente vazio.
 
Outra dica que pode fazer bem para o cérebro dos idosos é a atividade física. Segundo o geriatra Carlos André Freitas dos Santos, quando o músculo é exigido durante um movimento, mais terminações nervosas aparecem e, com isso, é produzida uma proteína que cai na corrente sanguínea e chega ao cérebro, onde estimula os neurônios e melhora as funções.
 
Por isso, nunca é tarde para começar a se exercitar, como foi o caso do empresário Carlos Alberto de Carvalho, de 69 anos, que decidiu aprender stand-up paddle e nunca mais parou. 
 
O mesmo aconteceu com a educadora física Marta Elena Senf, que venceu o excesso de peso e o sedentarismo, entrou na faculdade quase aos 50 anos de idade e ainda arranjou um novo emprego, trabalhando com exercício físico.





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