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Saúde
Sexta - 02 de Setembro de 2011 às 07:00

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A vida de um bebê de um mês, que nasceu em Salvador, está em risco por causa da burocracia. Os médicos descobriram um problema no coração do bebê e ele precisa fazer uma cirurgia que pode salvar a sua vida. O sofrimento já dura quase um mês, mas os pais seguem firmes para tentar salvar a vida do filho. "Se ele tiver uma chance de sobreviver, a gente vai correr até no final do mundo, mas a gente vai tentar”, afirmou a mãe da criança.

Cauê completou um ano de vida, na última quarta-feira (31). Ele nasceu com a síndrome de Hipoplasia do coração esquerdo. Todo o lado esquerdo do coração é menor, impedindo que o sangue seja bombeado para o restante do corpo. A médica que acompanha o menino desde o nascimento, Zilma Verçosa, diz que o problema foi descoberto no segundo dia de vida, dando inicio a uma luta por vaga em uma UTI pediátrica e também pela cirurgia. Segundo ela, a complexidade da cirurgia também é uma barreira para resolver a situação.

“Na maternidade do Hospital Português, ainda não tem condições de fazer uma cirurgia de alta complexidade cardíaca como essa. Foi solicitado vaga no Hospital Santa Izabel, que é o hospital que o plano de saúde dele dá direito, e não conseguimos transferência”, afirmou Zilma.

De acordo com a médica a correção para Hipoplasia é realizada em três etapas, sendo que a primeira cirurgia deveria ter sido feita com até sete dias de vida. Entretanto, somente na última terça feira (30), quase um mês depois, a família conseguiu a vaga no hospital Santa Isabel, mas a unidade só tem estrutura para uma pré-cirurgia. A médica conseguiu a autorização para a cirurgia ser feita em São Paulo no Hospital da Beneficência Portuguesa, mas o Planserv não cobre o procedimento em outro estado.

A luta agora é para transferir Cauê do Planserv para o Sistema Único de Saúde (SUS), já que a unidade em São Paulo faz a cirurgia pelo SUS. Este é o motivo do impasse, pois há vaga para cirurgia ser feita em São Paulo através do SUS e a Secretaria de Saúde da Bahia já garantiu uma UTI aérea para levar a criança, mas ainda não há explicação para o fato de Cauê não ter sido transferido. “A gente precisa matricular a criança no sistema de tratamento fora domicílio com o numero do CNRAC. Eu não consegui entender qual foi a dificuldade da Secretaria de nos fornecer o número da CNRAC”, disse a médica.

Para os pais da criança, Tamara e Alessandro Ribeiro, resta a esperança de que a cirurgia do filho seja realizada. “Eu estou querendo manter o meu filho vivo. A chance de salvar meu filho eu tenho, mas negam”, desabafou Alessandro.

A diretora de regulação da saúde do estado, Vicenza Lorusso, informou que a demora em cadastrar o nome de Cauê, é devido ao hospital em que nasceu o bebê, pois o mesmo não realiza o procedimento de cadastro fora domicílio. Entretanto, ela afirmou que o cadastro será realizado ainda nesta quinta-feira (1). Uma equipe médica está analisando se a cirurgia poderá ser feita em Salvador.






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