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Agronegócios
Terça - 11 de Outubro de 2011 às 19:30

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Terá início, em novembro, a comercialização das 800 mil sementes pré-germinadas do híbrido de dendê BRS Manicoré, que foram produzidas pela empresa Denpasa - Dendê do Pará, a partir do pólen fornecido pela Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília, DF). O pólen, selecionado de origem La Mé, fecundou as plantas matrizes do campo da Denpasa registrado no MAPA, resultando na produção dos frutos. As sementes produzidas pela empresa ao final desse processo são licenciadas pela Embrapa para a comercialização no mercado.
Roberto Yokoyama, diretor da Denpasa, empresa parceira da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, alerta, porém, que, devido a grande procura pelas sementes do híbrido e à enorme aceitação dos agricultores, as sementes deste ano já estão todas comprometidas pelas encomendas feitas ainda no ano passado. Segundo ele, os produtores interessados deverão encomendar as sementes que serão distribuídas de julho a novembro do próximo ano. Mas Yokoyama tranquiliza os produtores, afirmando que, para 2012, quatro milhões de sementes estarão disponíveis para o mercado.

O híbrido de dendê BRS Manicoré foi lançado pela Embrapa em 2010 e desenvolvido a partir do cruzamento entre o dendezeiro de origem africana (Elaeis guineensis) e o originário na região Amazônica caiaué (Elaeis oleifera). Essa cultivar é resistente ao amarelecimento fatal (AF), distúrbio fisiológico de causa ainda desconhecida que pode inviabilizar o cultivo dessa palmeira nas regiões onde ocorre. A resistência da cultivar ao AF a torna ideal para o cultivo em regiões indicadas como preferenciais para o plantio da palma de óleo pelo zoneamento climático.
O Diretor da Denpasa afirma que com a polinização assistida ou manual, técnica que é feita para a reprodução do BRS Manicoré, e com a colheita dos cachos no ponto certo de maturação, é possível obter a extração de até 22% de óleo na usina, ultrapassando, em muito, os 15% de óleo normalmente extraído na usina da palma da variedade híbrida sem polinização assistida.
Aceitação dos produtores

A palma de óleo da cultivar africana que foram plantadas nas regiões de maior precipitação nos municípios próximos de Belém estavam sendo inviabilizados devido à ocorrência do AF. Por isso, a procura pela cultivar BRS Manicoré está sendo muito grande, especialmente pelos agricultores familiares. Esta cultivar, por ser resistente ao Amarelecimento Fatal e com a técnica da polinização assistida vem se tornando uma cultura de grande potencial para a produção pelos pequenos agricultores e principalmente para agricultura familiar. Com uma área plantada de 10 hectares após a estabilização da produção, que ocorre a partir do sexto ano de plantio, o produtor familiar da região amazônica pode conseguir retirar desta cultura uma renda líquida mensal de cerca de R$ 2.250,00.
 





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