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Meio Ambiente
Quarta - 12 de Outubro de 2011 às 16:30
Por: JOANICE DE DEUS

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Divulgação
Queimadas em MT tem provocado devassa principalmente nas regiões secas
Queimadas em MT tem provocado devassa principalmente nas regiões secas

Termina neste sábado o período proibitivo de queimadas em Mato Grosso. Neste ano, desde o início da restrição (1º de julho) até ontem pela manhã, o Estado contabilizava 11.097 focos de calor, uma redução de 61,96% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 29.174 pontos de queimadas.

  • Em 2010, porém, a proibição se estendeu até 30 de setembro. Os números divulgados pela Coordenação do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) levam em consideração os dados gerados pelo satélite Aqua, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

    Conforme o coordenador substituto Prevfogo, do Ibama, Ricardo Glauber da Silva, os municípios mato-grossenses que mais queimaram foram Campinápolis, com 596 focos, seguido de Cáceres (492) e Colniza, com 443 incêndios. A meta estabelecida pelo Estado, com o lançamento do programa "Mato Grosso unido contra as queimadas", era alcançar a redução de 65% das queimadas neste ano em relação a 2010.

    Ricardo Glauber entende que a redução é fruto de uma associação de fatores. "Houve uma melhora da conscientização da população até diante da situação crítica e da baixa qualidade do ar ocorrida no ano passado. O clima foi mais favorável e o Estado fez uma forte campanha de prevenção", disse. "Como queimou muito ano passado houve uma redução natural do combustível", completou.

    Entre julho a outubro, as condições climáticas no Estado tornam-se críticas com a seca, o intenso calor, os ventos fortes e a baixa umidade relativa do ar (URA). Nesses quatro meses, o Ibama montou 10 brigadas no território mato-grossense e contratou 230 brigadistas para o trabalho de combate às chamas.

    Neste ano, conforme Ricardo Glauber, o Estado apresentou pico de incêndio na última quinzena de setembro, quando o fogo atingiu aproximadamente mil hectares do Parque Indígena do Xingu, no extremo norte mato-grossense. "Para lá foram 30 brigadistas e o helicóptero para o combate as chamas", comentou.

    Com a aproximação do fim da restrição, Ricardo Glauber faz um alerta. "Terminada proibição, a queima é passível de autorização. É necessário fazer o pedido à Secretaria de Meio Ambiente (Sema), pois a queimada sem autorização continua sendo passível de multa", destacou. A multa varia de acordo com a área atingida. Além disso, o infrator pode ser detido e responder criminalmente pelo ato ilegal. Nesses casos, a detenção pode chegar a quatro anos.

    A reportagem procurou a Sema, mas a assessoria de imprensa informou que o órgão estadual está fechando os dados e que até a próxima segunda-feira o responsável pela Pasta, Vicente Falcão, concederá entrevista coletiva para falar sobre o assunto.






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