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Cultura
Sexta - 21 de Outubro de 2011 às 21:37

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Música, poesia e exposição: seis artistas em duas noites de apresentação inigualável. Essa é a tônica do evento Cordas e Acordes do Mato “Grito da Cultura” que acontece neste sábado (22), às 20h, e domingo (23), às 19h, no Cine Teatro Cuiabá. 
 
Com a presença de músicos audaciosos como Abel Santos, Guapo, Ica Cuiabano e Daniel de Paula, do artista plástico Amâncio Ribeiro e do poeta Airton Reis, o evento, segundo o produtor Ulisses Samaniego, traz um “mix” de cultura popular e contemporâneo, procurando preservar a cultura popular, comemorar o “Grito do Ipiranga”, ao fazer uma alusão ao dia da independência do Brasil, além de ser um tributo à viola de cocho. Outra característica do evento, segundo o produtor, é o caráter de indignação ao tratamento indiferente que dado ao que se refere à valorização da cultura local, e acesso aos bens culturais no país.
 
Os ingressos para o evento Cordas e Acordes do Mato “Grito da Cultura” estão à venda na Caixa de Assistência dos Advogados, rua D, s/n° - Anexo "Silva Freire" – OAB/MT – CPA – Cuiabá-MT, no valor de 40 reais e 20 reais (meia). Nos dias de espetáculo a venda acontece na bilheteria do CTC, das 14h até o início das apresentações, no valor de 50 reais e 25 reais (meia).
 
Amâncio Ribeiro
 
Amâncio Ribeiro Alves passou 28 anos exilados na Espanha, e escolheu Cuiabá como morada ao retornar ao país. Pintor desde sempre, foi exilado pelo estilo que adotou. Estilo esse que vai com facilidade dos traços do cubismo ao retratismo. Foi o primeiro e único pintor a ser mandado embora, pois incomodava os militares. Durante o evento, o artista irá expor os quadros: Justiça, Retrospectiva, As beatas e O criador.
 
Airton Reis
 
Poeta vocacional. Autor de Reversos, 2008, e Cidadão em Contos, 2009. Estrela do Oriente, no prelo, colaborador de jornalismo na imprensa escrita e virtual, desde 1990; cronista e contista da Revista de Mato Grosso - RDM; membro dos Poetas do Mundo; escultor e professor em cerâmica artística regional, com especialização em Educação
 
Guapo
 
Nascido em 1951, Cáceres, Mato Grosso, Guapo é compositor e pesquisador com várias trilhas musicais compostas para cinema, dentre elas, a dos filmes: Rondon o Último dos Bandeirantes, Baile Pantaneiro, Divisão do Mato Grosso, O poeta Silva Freire, e o premiado Animando o Pantanal. É autor do livro Remedeia co que Tem, um mapeamento histórico musical da música matogrossense. Idealizou e coordenou o projeto Rua do Rasqueado que resgatou a dança popular matogrossense.
 
Abel Santos
 
Abel Santos Anjos Filho é produtor, arranjador e concertista. Compôs diversas obras musicais de caráter erudito, sacro e popular, dentre elas, o Hino à Bandeira de Mato Grosso, a Sinfonia Pantaneira, primeira obra para viola-de-cocho e orquestra, além de hinos para outros municípios de Mato Grosso.
 
Ica Cuiabano
 
Em seu trabalho desenvolve e preserva a afinação original do instrumento, acordes para várias músicas de vários gêneros acompanhando sua gaita de boca. No repertório do músico estão desde o rasqueado de fronteira Chalana, de Mario Zan, até Wanderful Tonight, de Eric Clapton.
 
Daniel de Paula
 
Matogrossense nascido em Tangará da Serra, residente em Cuiabá, Daniel de Paula é violeiro graduado em Música, especialista em Antropologia Cultural e pesquisador da viola de cocho há 15 anos. Compositor e arte educador é um dos responsáveis na difusão do instrumento por todo o território brasileiro.
 
Viola de cocho
 
Singular quanto à sua forma e sonoridade, o instrumento é produzido de forma artesanal com matéria prima encontrada no ecossistema regional. Sua confecção se processa a partir de um tronco de madeira, esculpido a seu formato peculiar e escavada na parte que vem a ser a caixa de ressonância. Em geral possui cinco cordas de nylon, em particular linha de pesca de vários diâmetros, cuja afinação varia entre os sistemas “canotio preso” e “canotio solto” “rio acima” e “rio a baixo.”
 
Tombada como patrimônio cultural imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) do Ministério da Cultura, a viola de cocho é uma expressão ímpar do fazer popular, cuja função está voltada principalmente para a cultura popular mato-grossense em duas de suas principais expressões cultural associada ao sentimento religioso e lúdico, o “cururu” e o “siriri”. As fitas coloridas amarradas na extensão do braço do instrumento representam a devoção, o respeito a algum santo, cuja cor faz correspondência.
 






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