Parece cedo, mas é essa a indicação para tomar a vacina contra o HPV. “A vacina apenas está indicada nesta faixa etária, a partir dos 10 anos, porque a menina que nunca entrou em contato com o HPV, que é transmitido pela via sexual, ela se beneficiará, quer dizer ela terá uma proteção ainda maior contra o câncer de colo, mesmo que ela inicie vida sexual aos 30”, explica Fábio Bozelli, pediatra.
O vírus HPV é transmitido por relação sexual e vem sendo considerado a principal causa do câncer do colo de útero. Por ano são quase 19 mil novos casos e 4,8 mil mortes.
Em Itu, no interior paulista, a vacina contra o HPV virou lei municipal. A vacinação não é obrigatória, mas a secretaria de saúde tenta convencer os pais que o melhor para evitar a doença é a proteção que só a vacina oferece.
“É o único tipo de câncer que existe uma vacina hoje em dia aprovada, com 100% de eficácia. Você pode exatamente daqui a vários anos, 10, 20, 30 anos ter erradico esse câncer no município”, afirma Marco Aurélio Bastos, secretário de Saúde de Itu.
A vacina não faz parte do calendário oficial do Ministério da Saúde. Nas clínicas particulares, cada aplicação custa, em média, R$ 300. São necessárias três doses.
A funcionária pública Denise Ramos Amadio decidiu levar a filha para tomar a vacina. “Quando que eu vacinaria a Laura? No dia em que ela chegasse e falasse: ‘mãe, aconteceu’? Não daria mais tempo. Então eu tenho que primeiro explicar para a minha filha, colocar a responsabilidade nas mãos dela, porque é uma escolha que ela vai fazer, mas a parte que me cabe de vacinar e de orientar eu estou fazendo".
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