Índios Bororo ocupam fazenda Rio Vermelho em Rondonópolis
Os Índios bororo ainda ocupam a fazenda Rio Vermelho, que fica dentro do município de Rondonópolis (a 210 quilômetros de Cuiabá). Desde a última sexta-feira (21), o grupo deu início à ocupação na intenção de retomar a parte da Terra Indígena Tereza Cristina, que é da etnia, mas foi parcialmente sendo ocupada por quem não é de direito nos últimos anos.
A Terra Indígena Teresa Cristina tem mais de 65 mil hectares. Os índios ocupam menos da metade dela. É uma área ainda não homologada, mas foi demarcada por Marechal Candido Rondon em 1897. Os bororo que fazem essa ocupação moram na Aldeia Piebaga.
Os indígenas afirmam que cansaram de esperar que o governo brasileiro, através da Funai, efetivasse o processo de reintegração dos mais de 34 mil hectares. Foram vários documentos, manifestações e idas até Brasília sem resultados. Segundo a etnia, após o estudo efetivado pela Funai em 2003 – Estudos e levantamentos histórico-antropológicos – que tratava da ocupação tradicional deste território pelos Bororo, nada mais foi feito.
De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em Mato Grosso, Gilberto Vieira, que esteve na área até pouco antes da ocupação, avalia que por enquanto não há risco de conflito.
“Espera-se que, com a iniciativa dos indígenas de ocuparem seu território, o processo de reintegração de posse se efetive e os Bororo possam usufruir de maneira integral e exclusiva de seu território tradicional”, disse em nota o CIMI.
Os bororo já foram a etnia predominante em Mato Grosso, havendo registros destes índios do Pantanal até todo a região de Rondonópolis, inclusive bem próximo à Chapada. Eram milhões principalmente onde se localiza Cuiabá. Hoje são apenas três mil.
As informações são do Centro Burnier Fé e Justiça e Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
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