Receita Federal corre o risco de perder R$ 2 bilhões
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Na semana passada, o tribunal homologou uma sentença da CCI, a Corte Arbitral Internacional, segundo a qual a fabricante coreana Kia Motors não tinha ingerência sobre o empreendimento dos sócios brasileiros, o grupo AMB (Asia Motors do Brasil).
O caso começou na década de 1990, quando a matriz da Asia Motors na Coreia formou a associação para importar veículos com incentivos fiscais dados dentro do chamado regime automotivo. Em contrapartida a esses benefícios, seria construída a fábrica de veículos Camaçari.
Quando a Asia Motors passou a enfrentar dificuldades financeiras, na crise da Coreia, foi assumida pela Kia Motors. Logo depois houve divergências entre os brasileiros e os coreanos da Kia.
Como o investimento na Bahia não ocorreu, a Receita decidiu inscrever os incentivos como dívida com a União, hoje calculada em cerca de R$ 2 bilhões.
Segundo o advogado da Kia Fabiano Robalinho, a decisão do STJ confirma que a multinacional jamais "exerceu controle" sobre a AMB.
Comentários