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Educação
Terça - 01 de Novembro de 2011 às 14:38
Por: Laura Petraglia

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Baseado no artigo 5º da Constituição Federal, que diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, o deputado estadual Aray Fonseca (PSD) repudiou a atitude da reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso, em adotar o sistema de reserva de 50% das vagas para estudantes de escolas públicas e negros.

“Eu sou contra essa atitude da reitoria e dos conselheiros da UFMT, pois acho que não é por aí que vamos fazer com que as classes menos favorecidas tenham mais acesso a educação. Estamos invertendo os valores. O ideal é a criação de mais projetos de inclusão social, como o ProUni por exemplo, e não de exclusão social, como esse modelo de cotas aprovado”, disse.

Segundo Aray, a forma adotada diminui em 50% as chances das famílias de classes média e média-alta, que passaram a vida se sacrificando e se privando para pagar escola particular e garantir um estudo de qualidade aos seus filhos, de conseguirem uma vaga na Universidade Federal.

“No modelo que temos hoje, o ensino de primeiro e segundo graus nas escolas públicas deixam a desejar, porém as universidades públicas são as melhores. Com esse modelo adotado pela UFMT, pode-se fomentar conflitos raciais e sociais, que não existem no Brasil”, argumentou.

Outro ponto a ser observado, segundo o deputado, é com a relação à legalidade desta política, já que a Universidade Pública é custeada com recursos públicos, oriundos de impostos pagos em sua maioria pela classe média e média alta. “São os impostos pagos por essas famílias que custeiam a universidade, e não podemos fazer com que essas pessoas tenham as chances dos seus filhos ingressarem lá, diminuídas em 50%”, defendeu.

Para Aray, a aprovação de cotas na UFMT vai gerar um aumento na demanda por vagas das já deficientes nas escolas públicas de 1º e 2º graus, bem como a criação de universidades nos moldes americanos, que poder gerar uma debandada de mestres e doutores das universidades públicas.

“Vai gerar o caos e o ensino que já é ruim vai ficar pior com a sobrecarga de alunos. Modelos dinheiristas de universidades, a exemplo do que é praticado nos Estados Unidos, serão implementados no Brasil. Lá as melhores universidades são as particulares. Em Harvard por exemplo paga-se U$ 80 mil por ano para estudar medicina”, finalizou ou dizer que pretende acionar judicialmente a UFMT para tentar barrar o sistema de cotas.


 






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