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Cidades
Quinta - 03 de Novembro de 2011 às 09:09
Por: Hebert Almeida e Vanessa Lima

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Elioman Chaves
Queimadas atingem a Ilha do Bananal, sem controle ou combate
Queimadas atingem a Ilha do Bananal, sem controle ou combate

A maior ilha fluvial do mundo, com cerca de 20 mil quilômetros quadrados de extensão (1.916.225 hectares), cercada pelos rios Araguaia e Javaés, na divisa entre os estados de Goiás, Mato Grosso e Pará, considerada um dos santuários ecológicos mais importantes do país: a caminho da destruição.

Os índios Karajá e Javaé, habitantes da Terra indígena Ilha do Bananal, no Parque Nacional do Araguaia,  estão vivendo um momento de calamidade: grande índice de mortalidade por índice de bebida alcoólica e drogas, prostituição com índias e um grande índice de doenças. Entre as doenças, está a tuberculose, considerada fatal para os índios. Há ainda falta de alimentação. Os líderes denunciam, por outro lado, a  invasão de seu território por caçadores, pescadores, madeireiros. A área chega a ser usada para realização de rally de motos e veículos, causando destruição total do meio ambiente.

O estudante Elioman Chaves,  de Formoso do Araguaia (TO) se mostrou está indignado com o que presenciou na Ilha do Bananal ao passar recentemente e revela detalhes de fatos e cenas que viu.  No feriado do dia 7 de setembro ele conta que passou  por dentro da ilha e ficou horrorizado com tantas caravanas acampada nas margens dos rios Jaburu. Havia excesso de consumo de bebidas alcoólicas e  pratica de tiro ao alvo em jacaré e patos selvagens.

“Sem contar na depredação da pesca e da caça de veados e pacas. Notei varias carcaças do peixe pirarucu nas margens do rio jaburu fiquei triste” – denunciou.
 
Elioman esteve com um indigena da aldeia Imoty no interior da ilha e perguntou se estava tendo conhecimento da situação anteriormente exposta na ilha. O índio confirmou que sim, mas revelou que nada poderiam fazer. “Somos ameaçados de morte se intervir’. Iindignado,  disse a FUNAI órgão responsável pela proteção da terra Indígena e das comunidades indígenas não está fazendo nada hoje. Há dois anos, ele disse, os índios tinham Fundação Nacional do Índio, do Companhia Independente da Policia Militar e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama)  num programa de fiscalização com a participação dos índios. “Hoje não temos nada somente essa invasão descontrolada” - frisa.

A situação ocorre nos dois lados da ilha, em Tocantins e também no Mato Grosso.  “Os lagos e rios próximos estão sendo explorados de todas as formas que você pensar, não temos a quem recorrer” – frisa o índio, ao destacar a exploração e uso irracional dos patrimônios naturais da região do Araguaia.  “Estamos cansados de solicitar apoio da Funai. Sempre dizem não tem recursos e fica por isso mesmo” - comenta.

Ele também frisa que algumas ações ilegais tem a participação indígena que são aliciados pelos branco. “Além do retorno do gado e dos “retireiros” que estão voltando para a ilha descontroladamente. Estamos vendo nosso patrimônio acabar e não podemos fazer nada. Isso é um absurdo” - acrescentou. 

Na Funai de Gurupi, em Tocantins,  os servidores confirmaram que não tem nenhuma programação de proteção para a Ilha do Bananal. “Só resta o acompanhamento da destruição da Ilha” - finaliza o indígena.

Elioman Chaves
Carcaça de peixes e jacaré: tiro ao alvo

Elioman Chaves
Gado está de volta a Ilha do Bananal

 





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