Governo cortará 15 despesas para reduzir gastos na máquina estadual

A reforma administrativa que o governador Silval Barbosa (PMDB) se prepara para anunciar nos próximos dias caiu como uma luva de pelica na Assembleia Legislativa, que através do presidente José Riva (PSD) cobra medidas de redução dos gastos públicos para fomentar a capacidade de investimentos do Tesouro Estadual e melhorar a economia do Estado, que vem em franco crescimento, mas não consegue superar na mesma toada o crescimento das despesas.

Na proposta, o Estado centralizará suas ações na redução de 15 despesas de grande expressividade mas que ainda não ficaram totalmente definidas. As principais são a folha de pagamento de salários, que em 2012 ultrapassará R$ 5 bilhões/ano, ou seja, um pouco menos de 50% do total do orçamento estimado em R$ 13 bilhões; na destinação de recursos para Fundos das mais variadas ações e no gasto com custeio da máquina que consome muito recurso com despesas de rotina como energia elétrica, café, passagens, diárias, combustíveis, enfim todos as gastos para se manter a máquina em funcionamento.

O governador Silval Barbosa foi informado pela equipe técnica da Secretaria de Fazenda do Estado, que elaborou a Reforma Administrativa que os esforços de corte nos gastos e de rigor na cobrança de impostos com a ampliação da eficiência tributária que é uma das melhores do Brasil, segundo o Conselho Nacional de Política Fazendária - Confaz, de nada adiantará se não houver drástica redução nos gastos públicos, ou seja, mesma as receitas deste ano estando maiores em 8% em comparação a 2010, as despesas cresceram 15%.

As estimativas da reforma administrativa são para cortes nas despesas da ordem de R$ 800 milhões até R$ 1 bilhão, para no outro lado ampliar os investimentos em obras e ações dos atuais R$ 800 milhões previstos para R$ 1,6 bilhão a partir de 2012. "É o início de uma retomada importante, pois vai dar o devido valor para as diferentes etapas do crescimento de Mato Grosso", disse o deputado Mauro Savi (PR), empresário que aponta ser importante se garantir investimentos e ações para que a economia cresça e possa honrar com os compromissos do Estado.

Savi lembrou que de nada adianta a arrecadação de Mato Grosso dar saltos de crescimento, pois já é a segunda maior do Centro-Oeste, mas as despesas também cresceram acima do esperado. "Numa boa economia, se o crescimento das receitas são de 5%, as despesas tem que crescer no máximo 2,5%, ficando ainda uma margem para eventuais problemas como as crise econômicas mundiais que acabam afetando a economia estadual", disse o parlamentar.