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Ciência
Sexta - 25 de Novembro de 2011 às 21:20

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Manchas e cicatrizes no rosto atrapalham a conquista de um novo emprego, segundo um estudo conduzido pelo professor de psicologia Mikki Hebl, da Rice University, e publicado no "Journal of Applied Psychology". De acordo com o pesquisador, as imperfeições faciais distraem os recrutadores durante as entrevistas, o que faz com que eles absorvam menos informações do candidato. Isso, por sua vez, acaba resultando em avaliações piores sobre aquele profissional.

Para chegar a essa conclusão, Hebl analisou as atividades dos olhos de entrevistadores voluntários com auxílio de computadores e lentes especiais com luzes infra-vermelhas. O pesquisador explica que, durante uma conversa, normalmente o olhar se move em um espaço relativo a um pequeno triângulo entre os olhos e a boca do interlocutor. No entanto, o estudo mostrou que quando esse apresentava cicatrizes na face, os olhos do entrevistador ficavam mais tempo fixados nas imperfeições. Em outras palavras, isso significa que quando estamos prestando atenção nas cicatrizes de alguém, não conseguimos nos concentrar no que essa pessoa diz.

Em uma segunda fase da pesquisa, Hebl tomou o cuidado de analisar a reação de entrevistadores experientes frente a candidatos com imperfeições na pele. Para ele, recrutadores que já estivessem acostumadas com esse tipo de trabalho não se distrairiam com uma simples cicatriz na bochecha. Mas Hebl estava enganado: os candidatos com pele perfeita foram mais bem avaliados. "Há diversos estudos que mostram a discriminação a grupos específicos no ambiente de trabalho, mas essa pesquisa vai além e mostra porque isso acontece", relatou Hebl.
  






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