Maggi defende investimento na Embrapa para que o Brasil avance também em pesquisa

Além do avanço na produção agrícola, a conquista da independência tecnológica na pesquisa é o próximo passo a ser alcançado para que o Brasil ganhe espaço nas discussões estratégicas de produção de alimentos e biotecnologia. O alerta foi feito na tribuna do Plenário nessa sexta-feira (25.11) pelo senador Blairo Maggi.

“Nós temos que dar à Embrapa não alguns milhões de reais. Muitas vezes, o seu presidente (Pedro Arraes) passa por aqui (Congresso Nacional) na tentativa de conseguir com senadores e deputados algum recurso para tocar a Embrapa e nós não estamos falando de milhões, estamos falando de bilhões de reais que o País terá que destinar a essa empresa pública para que ela possa fazer frente às grandes empresas multinacionais”, disse Maggi.

Para o parlamentar, após a discussão do Código Florestal, é necessário que o Congresso Nacional inicie a construção de uma agenda de debates capaz de dar melhores condições à população em temas relacionados à sustentabilidade e biodiversidade.

A biotecnologia, por exemplo, considerada importante ferramenta para a recuperação do solo e aprimoramento da agricultura, é outro fator que, para o senador, merece atenção especial da pesquisa científica brasileira. “O Brasil precisa estar em sua plenitude quando falamos em independência, e a independência a que me refiro é de tecnologia e biotecnologia”, frisou.

De acordo com Blairo, o Brasil lidera a produção mundial de alimentos, mas não lidera as pesquisas científicas, que são necessárias para o melhoramento da produção nacional. “Estamos nas mãos das multinacionais. E a ‘nossa’ Embrapa - que fez a gente sair da dependência dos alimentos na década de 70 -, é quem tem condições de mudar isso. Foram eles que construíram aquele modelo de pesquisa e que agora precisam de investimento para que o Brasil consiga galgar destaque no cenário mundial”, alertou o senador mato-grossense ao lembrar a participação do ex-ministro Alisson Paulinelli - um dos responsáveis pelo modelo de empresa de pesquisa concebido a partir da criação da Embrapa que, há 40 anos contribui com a produção nacional de alimentos.