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Política
Sábado - 26 de Novembro de 2011 às 17:00
Por: Ericksen Vital

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leopoldino marques do amaral (Foto: Reprodução/TVCA)
 
Juiz morto denunciou esquema de venda de
sentença no judiciário (Foto: Reprodução/TVCA)

A Justiça Federal de Mato Grosso determinou o fim do sigilo no processo que julga o empresário acusado de ser o mandante do assassinato do juiz estadual Leopoldino Marques do Amaral. A decisão do juiz Rafael Vasconcelos Porto atendeu ao pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Para a procuradoria, não há justificativa que sustente o sigilo na ação. “O tema versado nos autos é de grande interesse à sociedade mato-grossense. Não pode ser julgado de forma sigilosa. As pessoas tem direito de saber o que de fato aconteceu”, informou o MPF.

O empresário Josino Pereira Guimarães vai a Júri Popular na próxima terça-feira (29), em Cuiabá. A defesa nega o crime denunciado pelo MPF e alega que o empresário é inocente. Depois de vários anos em silêncio, o empresário decidiu falar. Ele alegou em entrevista ao G1 ser vítima de uma armação. "Enfiaram uma faca no meu pescoço e estou com ela há anos. Tudo o que eu quero é tirá-la logo e vou até o fim. Se tiver que enfrentar Júri Popular eu enfrento, pois, não tenho medo de mais nada", disse o empresário, em outra oportunidade.

O corpo do juiz Leopoldino Maques foi encontrado no dia 7 de setembro de 1999 na cidade de Concepción, no Paraguai, com dois tiros na cabeça e parcialmente carbonizado. Segundo o MPF , Josino Guimarães mandou matar o juiz que havia denunciado um esquema de vendas de sentenças no Poder Judiciário Estadual.

Até agora foram condenadas duas pessoas por envolvimento na morte do juiz. Dois anos depois do crime, a ex-escrevente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Beatriz Árias foi condenada a 12 anos de prisão por coautoria no assassinato. Ela cumpre pena no regime semiaberto. Já o tio dela, Marcos Peralta, apontado como o autor dos tiros que mataram o juiz, morreu na cadeia em 2005 por complicações do diabetes.

Farsa
Atualmente, o empresário está preso em Cuiabá. Em setembro deste ano, ele foi condenado a mais de 7 anos por integrar um suposto esquema para levantar a hipótese de que o juiz Leopoldino, encontrado morto no Paraguai, na verdade estava vivo. No entanto, segundo o MPF, a segunda exumação que chegou a ser feita no corpo teve como objetivo criar uma farsa para tumultuar o processo. A defesa promete recorrer a decisão de primeira instancia da Justiça Federal de Mato Grosso. Outras três pessoas também foram condenadas por envolvimento na farsa.





Fonte: Do G1 MT

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