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Política
Terça - 29 de Novembro de 2011 às 17:29
Por: Alline Marques

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O ex-vereador Ralf Leite (PRTB) agora terá de aguardar a justiça ou o resultado do concurso da Câmara de Cuiabá para retornar ao legislativo cuiabano. Cassado desde 2009, após ter sido flagrado com um travesti menor de idade na região conhecida como Zero Quilômetro, em Várzea Grande, Ralf reivindicou seu retorno, alegando erros na tramitação do seu processo de cassação.

No entanto, o plenário da Câmara de Cuiabá decidiu por 15 votos favoráveis, um contrários e uma abstenção, pelo arquivamento do processo em que Ralf pede seu retorno. O assunto já havia sido discutido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que por dois votos a um também recusou o pedido feito pelo ex-parlamentar.

O presidente da CCJ, vereador Marcus Fabrício (PSD), foi responsável por desempatar o julgamento interno na comissão. Isso porque, Antônio Fernandes (PSDB) já havia votado contrário, enquanto Clovito (PTB) votou favorável ao retorno de Ralf.

Fabrício havia informado que faria um parecer eminentemente técnico e deveria consultar pelo menos dois advogados, por isso, avaliou que o conteúdo de seu voto não foi feito com conteúdo político e sem preconceito.

O assunto já vinha irritando os parlamentares e o tucano Antônio Fernandes chegou a declarar que vinha sendo assediado devido ao caso, apesar das insinuações de que Ralf estaria agindo nos bastidores para pressionar os vereadores, ninguém confirmou a informação.

O mais revoltado com o processo era Deucimar Silva (PP), já que o pedido de Ralf acusava o ex-presidente da Câmara de ter cometido falhas para prejudica-lo. O progressista chegou a fazer um desabafo na tribuna, relembrando o assalto ocorrido em sua residência na época que comandava a Mesa Diretora e alegou ter sofrido ameaças.

Porém, ainda resta para Ralf recorrer ao Poder Judiciário, conforme destacou o próprio presidente da Câmara, vereador Júlio Pinheiro (PTB). “A instância adequada para o recurso dele [Ralf] é o Judiciário”, observa Pinheiro, ao lembrar que o caso ainda será julgado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Ralf também prestou concurso para a Câmara Municipal neste domingo (28) para o cargo de técnico legislativo, portanto, caso não consiga reaver seu mandato, ao menos, poderá tornar-se servidor efetivo.

Clovito foi o único a defender o retorno de Ralf sob a alegação de que o juiz Luiz Tadeu Rodrigues, da 3ª Vara Criminal de Várzea Grande, já absolveu o ex-parlamentar. “Não há motivo para a Câmara Municipal mantê-lo fora desta Casa de Leis”, completa o petebista.


 






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