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Política
Quinta - 01 de Dezembro de 2011 às 12:26

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As declarações irônicas dada pelo ministro Carlos Lupi (Trabalho) pesaram na decisão da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que recomendou ontem à presidente Dilma Rousseff que exonere o ministro.

Segundo o conselheiro Roberto Caldas, faltou decoro a Lupi ao afirmar, por exemplo, que não cairia do cargo porque era "pesadão" e que só sairia da pasta "abatido à bala". Até a "declaração de amor" à presidente Dilma Rousseff foi considerada imprópria pela comissão na análise do caso.

Segundo Caldas, a decisão envolveu um conjunto de fatores, que foram desde as declarações públicas até a celebração de convênios com entidades ligadas ao PDT, passando pelo fato, revelado pela Folha, de que Lupi foi assessor-fantasma da Câmara por cinco anos.

Hoje, o jornal mostrou que o ministro acumulou o salário da Câmara com o cargo de assessor de um vereador no Rio, o que é ilegal.

"Quando essas informações vêm a publico, isso forma convicções", disse Caldas, ao sair de um seminário sobre ética, em Brasília. "Todo julgador é um sujeito impregnado de valores."

Para o conselheiro, o caso Lupi ganhou simbolismo com a decisão da comissão.

"Há casos que se tornam simbólicos. Esse parece ser um", disse.

O presidente da comissão de ética, Sepúlveda Pertence, que também participa do seminário, voltou a dizer que as respostas apresentadas por Lupi às indagações da comissão foram "inconvenientes e insuficientes". No entanto, se recusou a dizer o que caracterizaria a "inconveniência" do ministro.






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