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Política
Sexta - 02 de Dezembro de 2011 às 23:06

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A ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome e à Pobreza) saiu em defesa das políticas públicas adotadas desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e declarou discordar de dados divulgados, na última quarta-feira (30), pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que apontam o aumento da pobreza extrema entre jovens de 12 a 17 anos, entre 2004 e 2009 --período que coincide com a implantação do programa Bolsa Família.

"Os dados da Unicef não são consistentes e pedirei reconsideração", disse Campello.

De acordo com a ministra, houve distorção na metodologia usada no relatório "Situação da Adolescência Brasileira 2011", que teve a renda de um quarto de salário mínimo como parâmetro para medir situações de extrema pobreza.

No caso brasileiro, foram considerados pobres jovens que recebiam o equivalente, hoje, a menos de R$ 128,50.

Segundo o relatório, houve piora na situação dessa faixa etária: de 16,3% de jovens em extrema pobreza em 2004 para 17,6% em 2009 --aumento de 1,3%.

"O corte de um quarto do salário mínimo não serve de indicador, que teve aumento substancial nos últimos anos [de R$ 240, em 2004, para R$ 465, em 2009]. A inflação e o ganho real do salário não foram considerados. Assim, o índice acaba contabilizando mais jovens", afirmou Tereza Campello.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social, houve redução de jovens na faixa de pobreza: de cerca de 6,5 milhões para 4,4 milhões no mesmo período --queda de aproximadamente 2,1 milhões.

Para chegar a esses números, foram considerados jovens com renda de até R$ 140 por mês; sem vinculação ao salário mínimo e considerando a inflação e os ganhos reais da moeda.

"A população pobre brasileira caiu em qualquer recorte de idade. Isso é um indicador de que as políticas públicas têm sido eficientes, especialmente para crianças e adolescentes", disse Campello.

Na próxima quinta-feira (8), o Ministério do Desenvolvimento Social e a Unicef marcaram a reunião de um grupo de trabalho para avaliar os dados divergentes.

Procurada, a Unicef não se pronunciou.






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