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Política
Segunda - 05 de Dezembro de 2011 às 14:39
Por: RAFAEL COSTA

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O Governo do Estado não vai abrir mão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), como modal de transporte coletivo urbano para a Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá e Várzea Grande, apesar das denúncias de suposta fraude no projeto que viabilizou o sistema.

Em entrevista ao MidiaNews, na semana passada, o governador Silval Barbosa disse que fraude existe, sim, mas no sentido de prejudicar o Estado de Mato Grosso. Ele se referia às seguidas  reportagens do jornal O Estado de S. Paulo, segundo as quais o VLT em Cuiabá é resultado de uma fraude no Ministério das Cidades, que teria alterado a matriz de responsabilidade, sem levar em consideração dados técnicos.

Silval Barbosa reforçou, mais uma vez, que acredita em uma articulação para prejudicar o Governo Federal e também os interesses de Mato Grosso.

"Todo o dinheiro que está sendo buscado é oneroso ao Estado e só foi pedida a alteração do BRT, que já nasceria saturado em Cuiabá e Várzea Grande. Fraude é o que estão tentando fazer com Mato Grosso, como desculpa para derrubar o ministro das Cidades e prejudicar interesses nacionais e estaduais", disse o governador.

O chefe do Executivo afirmou ainda que estava surpreendido com o que classifica de articulação para impedir o desenvolvimento do Estado.

"Tenho 20 anos de vida pública e nunca vi uma discussão desse tamanho para inviabilizar um projeto para uma Capital, como foi feita nos últimos dias", completou.

O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), também saiu em defesa do projeto de mobilidade urbana escolhido pelo Estado para Cuiabá e Várzea Grande.

"Respeito o Estadão, mas houve uma sequência de informações desencontradas. O VLT tem custo estimado em R$ 1,1 bilhão, mas este preço envolve a compra de 35 veículos e mais o projeto de urbanização e artes de Cuiabá e Várzea Grande. Além disso, o Estado ainda terá que desapropriar somente 200 imóveis. Diferentemente do BRT, onde deveríamos desapropriar mais de 1,2 mil imóveis e ter uma demanda judicial que pudesse prejudicar as obras por conta disso", declarou.

Riva ainda rebateu as críticas de que o Estado vai sair prejudicado com as obras para a Copa do Mundo sem deixar legado social algum.

"Faremos uma concessão para alguma empresa privada executar o VLT e o valor que será pago vai cobrir o investimento feito. Ninguém questionou quando a classe política se uniu para incluir Cuiabá na Copa do Mundo. Ninguém falou que não poderíamos participar porque os investimentos seriam onerosos ao Estado. Ora, estamos atraindo empresas privadas que estão investindo em Cuiabá, por conta da Copa do Mundo e gerando emprego e renda. Tem muita gente que pensa pequeno", afirmou.

O secretário extraordinário da Copa do Mundo, Eder Moraes, também respondeu às denúncias envolvendo o projeto do VLT em Cuiabá. 

"Eu respondo a esses questionamentos avaliando pesquisas de opinião pública. O povo de Mato Grosso quer o VLT porque entende que é um sistema moderno e adequado às nossas condições. Não dá para ir contra a vontade popular porque mais de 85% da população são favoráveis ao VLT. Estou na execução deste projeto com aval do chefe do Executivo e do presidente do Legislativo. Precisamos respeitar a vontade popular e é isso que vamos fazer", disse Eder Moraes.






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