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Agronegócios
Quinta - 19 de Janeiro de 2012 às 20:02

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Pasto cederá espaço para lavouras em MT (Foto: Leandro J. Nascimento / G1)

Estado tinha etapa "extra" de vacinação em fevereiro
(Foto: Leandro J. Nascimento / G1)

A retirada da etapa de vacinação contra a febre aftosa para os animais da região de fronteira com a Bolívia do calendário oficial de Mato Grosso, colocou a unidade federada na lista dos estados que não realizam campanhas extras. A decisão foi autorizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a partir de estudos técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do estado (Indea). Mas a medida influenciará somente aqueles produtores cujas propriedades estão distribuídas no raio de 15 quilômetros da fronteira de Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade e Porto Esperidião.

As etapas de maio e novembro não sofreram alteração e os produtores da fronteira precisarão cumpri-las. De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Guilherme Marques, o estado era o único do Brasil onde ainda ocorria uma etapa de vacinação extra na região fronteirícia. O período definido por Mato Grosso era fevereiro. Segundo o representante, na comparação com os demais estados também em áreas de fronteira, mas que não contam com uma etapa de vacinação extra, os estudos conseguiram demonstrar que os animais das localidades têm as mesmas condições de sanidade.

“Esse estudo demonstrou que tanto os animais jovens abaixo de um ano nos locais que não tinham o calendário oficial e os que tinham possuiam um índice muito grande e não comprometeria a vacinação se houvesse atualização [do calendário]”, destacou Marques ao G1.

“Foi possível identificar que abrindo mão dessa etapa não se reverteria em um risco adicional e permitiria que os profissionais do Indea desenvolvessem outras atividades extremamente importante na faixa de fronteira, como vigilância dos animais suspeitos, a fiscalização do trânsito de animais e produtos nessa área. São medidas compensatórias pela não continuidade da vacinação na fronteira”, acrescentou Marques.

Mato Grosso é o estado brasileiro com maior número de bovinos. São mais de 28 milhões de cabeças distribuídos em regiões. Há anos, o setor produtivo atua em parceria com o governo boliviano para auxiliar o país na realização de vacinações dentro do território boliviano.

Nesta segunda-feira (19), representantes das entidades do setor produtivo avaliaram como positiva a alteração no calendário de vacinação contra da aftosa. "Por merecimento, o estado ganha esse benefício", destacou Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Para ele, a medida não influenciará a rotina de trabalho do setor, no que se refere ao controle da sanidade animal.

"Temos consciência do que se fez nos últimos anos com a vacinação e o compromisso vai continuar nas duas outras etapas", complementou ainda Vacari.

Recursos
No Brasil, entre período de 2003 a 2010, os recursos destinados à prevenção da doença passaram de R$ 3,3 milhões para R$ 55,9 milhões segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Livres
Quinze estados possuem o status de livre de febre aftosa com vacinação. Na lista estão o Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

Já Santa Catarina é o único estado brasileiro considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre da doença sem necessidade de vacinação.





Fonte: Do G1 MT

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