A situação motivou uma nova perspectiva ao setor. "Essa busca por novas tecnologias já existia, mas não nessa intensidade. Fomos forçados a adotar em um número maior por conta da morte de pastagem. Se não fosse esse problema, demoraríamos mais para atingir esse número [29,1 milhões de animais]", frisou o superintendente da associação.
Os números da Associação dos Criadores de Mato Grosso mostram como o uso do confinamento contribuiu com a evolução do rebanho bovino no estado. Entre 2005 e 2011 o total de animais confinados cresceu 548%, passando de 117.879 animais para outros 763.947 mil.
No comparativo entre 2010 e 2011 a evolução chegou a 29%. O consequente aumento fomentou os abates. "Abatemos mais boi na entressafra do que na safra 2011, o que comprova essa é uma tendência de mercado e que o produtor está investindo em confinamento e semiconfinamento e isso tornou o ano de 2011 muito estável", acrescentou Vacari.
Futuro
Os produtores do estado apostam na utilização do confinamento e já projetam uma nova meta: querem tornar Mato Grosso a unidade federada como a maior confinadora de bovinos. A posição atualmente é exercida por Goiás. "Mato Grosso vai se consolidar como o maior confinador do país. Temos o maior rebanho e a maior produção de grãos. Mas não dá para prever em quanto tempo isso ocorrerá. Vai depender de uma série de fatores", ponderou Luciano Vacari, da Acrimat.
A solidificação do estado na posição deve ocorrer de forma gradativa, conforme reitera Vacari. "Simplesmente é o resultado de uma apuração numérica. O estado tem condição de ser o maior estado confinador do país", concluiu Vacari.
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