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Agronegócios
Segunda - 30 de Janeiro de 2012 às 14:20

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A medida em que soja é colhida o milho é plantado (Foto: Aprosoja-MT)
A medida em que soja é colhida o milho é plantado (Foto: Aprosoja-MT)
A chuva deu uma trégua e possibilitou aos produtores rurais de Mato Grosso intensificar a colheita da soja. Eles aproveitaram o final de semana de tempo aberto na maior parte do estado para colocar as colheitadeiras em áreas onde antes não conseguiam entrar. Na unidade federada, 5,8% dos 6,9 milhões de hectares destinados à oleaginosa foram colhidos.

No oeste, a média verificada supera o desempenho estadual. São 10,2% já retirados do campo. A região plantou 963.8 mil hectares. Em Sapezal, a 473 quilômetros de Cuiabá, a cobertura na colheita atingiu 15%. O presidente do Sindicato Rural da cidade, Írio Dal"Maso explica que as condições climáticas verificadas neste final de semana foram essenciais para agilizar os trabalhos nas lavouras.

"Neste final de semana o tempo abriu. Os últimos dias foram preocupantes porque chovia todos os dias. O pequeno e o médio produtor estão iniciando a colheita por esses dias e tomara que continue assim", disse Dal"Maso, ao G1. A cidade tradicionalmente figura no ranking das primeiras a iniciar o plantio da soja, para realização de uma segunda safra de algodão.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Iema), entre os dias 19 e 26 de janeiro o estado conseguiu alavancar de 2,7% para quase 6% o percentual colhido nesta safra 2011/12 de soja. "Esse número comprova que tivemos um intervalo maior de colheita", explicou o gestor Daniel Latorraca.

No município campeão brasileiro na produção de soja, o ritmo de colheita ainda é considerado tímido, conforme explica o presidente do Sindicato Rural, Laércio Lenz. Sorriso, distante 420 quilômetros de Cuiabá, destinou 610 mil hectares à oleaginosa nesta nova safra. "Tem bastante gente querendo colher, mas não está conseguido pois tem chovido muito", explicou.

A preocupação do produtor é que o excesso de chuvas prejudique a qualidade dos grãos. "Ainda não se ouve falar em perdas, mas muita chuva gera perdas por grão ardido e estraga a soja. A cada dia de atraso ela começa a perder peso e qualidade", expressou Lenz.

Ferrugem
Outro fator também deixa o produtor rural apreensivo é a ferrugem asiática. A doença alastrou-se pelas plantações do estado campeão brasileiro na produção da soja. Até a manhã desta segunda-feira (30), o estado contabilizava 66 casos confirmados da doença, o maior do país. Em Goiás, onde está concentrado o segundo maior total, foram 46 registros, segundo o consórcio Antiferrugem desenvolvido pela Embrapa em parcereria com outras entidades.

O gerente-técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, Nery Ribas, destaca que a doença provoca sérios danos na lavoura e representa perigos. "Nossa situação é a mesma, de monitoramento e atenção redobrada. Estão aumentando os casos e com dois agravantes. Um é natural, que é o clima e faz o residual [dos produtos aplicados] cair", alertou o representante.

Ribas diz que outro fator também preocupa a entidade e a utilização de doses inferiores às recomendadas para combater a ferrugem e também o uso de produtos cuja eficiência não é comprovada.





Fonte: Do G1 MT

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