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Economia
Sábado - 04 de Fevereiro de 2012 às 06:53

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Os problemas com ordens de negociação voltaram a liderar neste ano as reclamações ao ombudsman da BM&FBovespa. Ordens não executadas, atrasadas ou que foram feitas de forma diferente do determinado foram temas de 38% das 689 reclamações feitas em 2011, 6,3% menos do que no ano anterior e o menor número desde 2006.

Para o ombudsman da Bolsa, Izalco Sardenberg, é normal que as reclamações principais sejam referentes a ordens de negociação. "É o que a corretora passa o maior tempo do dia fazendo", diz.

Já para o segundo problema mais relatado, de dificuldades na transferência de custódia, com 13%, o ombudsman defende medidas para evitá-lo. "Não faz sentido que haja tantas reclamações."

Sardenberg espera que um novo PQO (Programa de Qualificação Operacional), apresentado para as corretoras na próxima semana, facilite a vida do investidor quando quiser mudar de corretora. Ele determina que os ativos sejam transferidos em até 24 horas desde que não haja qualquer pendência.

A terceira reclamação mais feita, 12% do total, foi referente a problemas com o home broker, sistema que permite o envio de ordens de compra e venda de títulos para a BM&FBovespa pela internet. Em geral são investidores que não conseguiram abrir o sistema ou que relatam demoras para efetivar a ordem.

"Não podemos dizer que houve um salto, porque foram quase tantas reclamações quanto no ano passado, mas quando analisamos o histórico, houve uma evolução. Os investidores estão mais conscientes dos seus direitos e mais educados", diz Sardenberg. O número de reclamações pode crescer em 2012, segundo ele, se houver uma retomada de aberturas de capital (IPOs, na sigla em inglês).

O maior número de reclamações foi referente a corretoras, com 72% do total. Em seguida vêm os bancos, com 18%, a bolsa, com 8%, e as empresas, com 2%.

A bolsa somou 611 mil investidores cadastrados em 2011, em uma pequena redução com relação a 2010, quando eram 615 mil. A relação entre reclamações e o total de investidores cadastrados teve pequena queda, de 0,12% para 0,11%.

As reclamações ao ombudsman são registradas no site da BM&FBovespa ou por telefone. O prazo por resposta é de 30 dias, que podem ser prorrogados por outros 15 em casos mais complexos. Em 2011, 43 foram atendidas depois do prazo de 30 dias. 





Fonte: DO VALOR

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