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Meio Ambiente
Segunda - 30 de Abril de 2012 às 23:28

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Nos próximos dias 3 e 4 de maio, a partir das 7:30, no CTG, o município de Alta Floresta, que fica na região norte de Mato Grosso a 812 quilômetros de Cuiabá, vai comemorar em grande estilo uma notícia que aguardava há 5 anos: a saída oficial  da chamada Lista dos Desmatadores da Amazônia, criada pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA.  Com as ações realizadas foi possível reduzir o desmatamento, as queimadas e hoje 80% do passivo ambiental esta regularizado, através do CAR (Cadastro Ambiental Rural).

A temida lista teve como alvo os municípios que destruíam a Amazônia. A lista foi criada em dezembro de 2007 e a União utilizou as taxas de devastação da floresta nos últimos três anos e dados do sistema de monitoramento de desmatamento em tempo real da Amazônia Legal (Deter) para incluir os nomes dos municípios na lista. A mão forte do governo federal atingiu em cheio a economia de Alta Floresta, onde os produtores tiveram restrição de crédito, de venda de produtos a diversos mercados e o “nome sujo” nas praças dos mercados interno e externo.

“Todas as operações realizadas em Alta Floresta, como Arca de Fogo, Currupira e a chamada Lista de Desmatadores causaram danos imensos à economia e a saída foi buscar alternativas para se produzir com sustentabilidade, um projeto que envolveu a todos”, disse a prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura. Para isso, ações planejadas pelo poder público, produtores e entidades do setor produtivo, iniciaram um processo para desenvolver a produção sustentável. “A Acrimat vem desenvolvendo projetos, como o Acrimat em Ação, que faz uma grande diferença no campo”, ressaltou.

Irene Duarte, técnica da secretaria de Meio Ambiente de Alta Floresta, disse “que estamos cumprindo nossa tarefa e agora é necessário que o poder público dê condições para o produtor produzir, mas, não com migalhas e sim com fartura, pois produzir com sustentabilidade é um desafio da Amazônia e não só de Alta Floresta”. Duarte anunciou também que o projeto desenvolvido em Alta Floresta será apresentado em junho, no Rio de Janeiro, na Conferência Rio + 20, “onde mostraremos que é possível conciliar desenvolvimento com preservação”.

O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Luciano Vacari, disse que foi uma injustiça incluir Alta Floresta na lista de desmatadores. “A região foi ocupada com responsabilidade e os produtores seguiam as regras da época, agora, as regras mudaram e o comprometimento desses mesmos produtores conseguiu tirar Alta Floresta desta lista”, ponderou. Vacari ressalta a Acrimat vem desenvolvendo projetos que levem o setor pecuário para uma produção sustentável e os resultados começam a aparecer. “Nos últimos 10 anos o rebanho de Mato Grosso cresceu 66% e a abertura de novas áreas de pastagem 18%”. O superintendente da Acrimat será um dos palestrantes do Seminário e vai apresentar números que comprovam que Mato Grosso tem um desenvolvimento sustentável.

Durante o evento será assinado o pacto por um Município Verde com diversos parceiros e instituições, além de lançamentos de programas socioambientais e palestras.   Mais informações na Secretaria de Meio Ambiente de Alta Floresta.
 






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