Nova Mutum: empregados rurais querem R$ 671 a partir do dia 1º

Os empregados rurais de Nova Mutum querem um salário base de R$ 671 a partir do dia 1º de julho. Esta e a proposta que está sendo discutida pelos representantes da categoria, hoje, em convenção coletiva no sindicato patronal. Trata-se de um reajuste de 8% sobre o salário mínimo, com a proposta de que o percentual incida também no reajuste do mínimo, programado pela Presidência da República para janeiro de 2013, ocasião em que deve passar dos atuais R$ 622, para R$ 712.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, João Paulo Félix, mais de 500 empregados rurais participaram das reuniões pré-assembleia, realizadas no decorrer de maio. "Na ocasião a categoria apresentou as suas reivindicações", explicou. Os empregados rurais estão representados por uma comissão, formada nesses encontros e também por dirigentes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetragi).

"Queremos que o percentual incida também sobre o reajuste do mínimo, para evitar o que aconteceu de 2011 para 2012. Na convenção passada, quando o salário mínimo ainda estava R$ 545, fixamos o salário do empregado rural em R$ 600, mas em janeiro deste ano, o mínimo passou para R$ 622 e o nosso ficou abaixo desse valor, o que é inconstitucional", explicou João Paulo.

Outro ponto na pauta de reivindicação diz respeito ao banco de horas. Hoje, 50% das horas extras vão para o banco de horas, para serem pagas em até 6 meses (em dinheiro - com acréscimo de 50% -, ou em folga) e os outros 50% são pagos no final de cada mês. "Estamos reivindicando que o banco de horas seja pago em até 4 meses e que, em vez de metade a metade, esse percentual seja de 30% no banco de horas e 70% com pagamento mensal", falou.

O pagamento das horas, que não estaria sendo feito por todas as empresas, a situação de alojamentos, refeitórios, o uso de EPIs, pagamento de férias e do décimo terceiro salário também são alguns dos outros pontos que estão sendo tratados. A reunião teve início às 13h, no Sindicato Rural e não tem horário previsto para término. "Caso não chegarmos a um acordo hoje, ela estende-se ainda no decorrer de quinta-feira", disse João.

Só Notícias conversou com o presidente do Sindicato Rural, Emerson Ricardo Bonini. Segundo ele, a proposta é de um reajuste de até 6,5%, respeitando o percentual da inflação no período. "Estamos dispostos chegar a um acordo que seja bom para ambas às partes", falou. O sindicato patronal conta com a assessoria da Federação da Agricultura de Mato Grosso - Famato, nas negociações.