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Quarta - 20 de Junho de 2012 às 16:56

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TV Globo/Reprodução
Imagem mostra material esquecido no abdômen da servidora Rosilane do Carmo Rocha (no destaque) após cirurgia para retira
Imagem mostra material esquecido no abdômen da servidora Rosilane do Carmo Rocha (no destaque) após cirurgia para retira
Uma moradora do Distrito Federal passou um ano e três meses com material cirúrgico no abdômen depois de ser submetida a uma operação para retirada de útero.

O procedimento ocorreu em julho de 2010, mas só em outubro do ano passado ela teve uma compressa cirúrgica, feita de tecido com algodão e metal, retirada do corpo.

A servidora pública Rosilane do Carmo Rocha entrou com ação na Justiça por danos morais, materiais e estéticos na última segunda-feira (18).

Rosilane disse que passou a sentir dores fortes no abdômen logo após a cirurgia de retirada de útero. As dores não passaram mesmo depois de ela passar a tomar remédios. Ela afirmou que consultou novamente a ginecologista responsável pelo procedimento após a cirurgia, mas nada de errado teria sido diagnosticado.

Eu comecei a sentir que estava se formando alguma coisa dura dentro de mim. Eu passava a mão e sentia como se tivesse um kiwi lá dentro"
Rosilane do Carmo Rocha, servidora pública que teve material cirúrgico esquecido no corpo após cirurgia

“Eu comecei a sentir que estava se formando alguma coisa dura dentro de mim. Eu passava a mão e sentia como se tivesse um kiwi lá dentro”, disse Rosilane.

Um ano depois da cirurgia, a servidora pública foi atendida por outra médica, que pediu uma tomografia e identificou um pedaço de compressa cirúrgica no abdômen dela, perto do intestino.

Rosilena entrou com ação na Justiça contra a médica que realizou o procedimento e contra o Hospital Santa Lúcia, onde foi feita a cirurgia. Por meio de nota, o hospital informou que a profissional não é ligada ao seu corpo clínico, e que apenas cedeu o centro cirúrgico para a realização do procedimento.

Para a advogada de Rosilena, Lucenir Rodrigues, mesmo que a profissional não seja do quadro efetivo do hospital, ambos devem responder pelo erro médico da mesma forma.

“Como o procedimento foi lá dentro [do hospital] e a médica tinha um contrato de prestação de serviço e utilização, o hospital tem que responder da mesma forma”, disse.

Por telefone, a médica responsável pela retirada do útero, Ana Luiza Sandoval, disse à TV Globo que contagem das compressas foi feita após o fim do procedimento e que a informação consta no laudo pós-operatório. Segundo ela, todo o material utilizado foi retirado.

A ação protocolada por Rosilena foi distribuída para a 11ª Vara Cível do Tribunal do Júri de Brasília. O processo está em fase inicial, aguardando despacho do juiz para que os acusados sejam citados e apresentem defesa.





Fonte: Do G1 DF

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