A juíza considerou que a investigação da polícia ainda precisa fazer a complementação das diligências e acrescentar laudos periciais ao inquérito. A juíza determinou, porém, que o suspeito não deixe a residência após às 23h, que ele não pode mudar de casa e que o suspeito obedeça as eventuais intimações feitas pela polícia.
Segundo a delegada Anaíde Barros de Souza, que conduz o caso pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito deve responder por homicídio qualificado. A polícia aguarda os resultados de laudos do Instituto Médico Legal (IML) que, entre as questões, está analisando se a jovem sofreu ou não violência sexual.
No entanto, o advogado do suspeito, Flávio Bertin, afirmou que Antônio Rodrigues nega qualquer envolvimento no crime. O advogado disse que ainda não houve a comprovação da autoria do crime. Contudo, a delegada tem declarado que não tem dúvida que ele é o principal suspeito de cometer o homicídio.
Relembre o caso
Segundo a polícia, o corpo da garota foi encontrado no dia 28 do mês passado pendurado pelo pescoço no corrimão da arquibancada do campo do Botafogo, no Bairro CPA III, em simulação a um suposto suicídio. O laudo do IML confirmou que a jovem foi morta por enforcamento.
Em depoimento à polícia, o suspeito admitiu ter dado carona para a jovem no dia do crime após eles deixarem uma casa de pagode, na região do CPA. O suspeito também disse ser amigo de um primo da jovem, e que conheceu a garota naquela noite. O suspeito contou que eles saíram juntos para lanchar após deixar a casa de pagode. Em seguida, ele alegou que a deixou em casa após tentar sem sucesso ficar com a vendedora.
Uma das provas contra o suspeito, segundo a polícia, é o fato de o aparelho de celular da vítima ter sido encontrado no carro dele. Além disso, foi encontrado um pedaço de fio elétrico semelhante ao usado no crime dentro do carro do suspeito. Contudo, ele disse à polícia que acredita que o celular caiu no banco após eles saírem para lanchar.
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