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Política
Terça - 26 de Junho de 2012 às 10:08

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Considerado um dos homens de confiança do governador Silval Barbosa (PMDB), Pedro Nadaf, secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, se vê numa saia-justa após ter o nome incluso como “ficha suja” na lista divulgada pelo TCU, encaminhada à Justiça Eleitoral. Acontece que, apesar de Nadaf não ser candidato a cargo eletivo, ele vai cair na “malha fina” na Lei Ficha Limpa que proíbe a nomeação de secretários condenados por colegiados em Mato Grosso.

Ciente do problema, Nadaf tem preferido o silêncio. O Governo, por sua vez, ainda não se manifestou e está prevaricando. O secretário teve o nome incluso na lista do TCU devido condenação da Primeira Câmara que identificou irregularidades na prestação de contas de 2004 do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), à época presidido por Nadaf.

Conforme relatório, foi identificado fracionamento de despesas, fuga ao procedimento licitatório na modalidades adequada, tendo sido feitas aquisições diretas sem licitação. “Julgam-se irregulares as contas quando comprovada a prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico ou infração à norma legal”, diz trecho da decisão do relator Marcos Bemquerer.

Entre as irregularidades estão a aquisição de 2 veículos modelo Golf 1.6 por meio de consórcio; realização de contratações diretas para aquisições de equipamentos de laboratório para curso técnico de estética (R$ 36,4 mil) e curso técnico em segurança do trabalho (R$ 25,5 mil), bem como para compra de 5 veículos (R$ 166,5 mil); além de compra indevida de material de expediente, óleo lubrificante e combustível; e ainda contratações inadequadas. Nadaf e a diretora do Senac, Gilsane de Arruda e Silva Tomaz, foram multados em R$ 5 mil.

O primeiro a ser “barrado” no staff de Silval foi o ex-secretário de Ciência e Tecnologia Eliene Lima (PSD), que tentava retornar ao secretariado após votar emendas na Câmara Federal. O social-democrata foi condenado pelo TRE por crime eleitoral supostamente praticado nas eleições de 2006. O parlamentar recorreu da decisão no TSE, mas seu recurso ainda não foi apreciado pelo pleno.

  Outro lado

Procurado pelo RDNews, o secretário não atendeu as ligações. Nadaf está na China, por isso, há dificuldades para conversar com ele. Por meio da assessoria, no entanto, ele garante que, assim que retornar ao país, vai explicar a situação e dar detalhes sobre sua defesa. O deputado Guilherme Maluf, autor da proposta, ressalta que não tinha conhecimento sobre a situação do secretário. O tucano pondera que a lei deve ser cumprida, independente de quem for "enquadrado", tendo em vista que a lei busca propiciar um maior controle social.
 





Fonte: RD News

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