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Cidades
Domingo - 22 de Julho de 2012 às 08:49
Por: Kelly Martins

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Pacientes ficaram om várias feridas durante tratamento na clínica (Foto: Reprodução/TVCA)Novos pacientes de uma clínica de estética de Cuiabá, que foi parcialmente interditada pela Vigilância Sanitária, apareceram com sintomas graves após um tratamento com um tipo de enzima para eliminar gorduras localizadas. As vítimas, mulheres e homens, foram infectadas por uma micobactéria durante procedimento na clínica Plena Forma e que deixou feridas em diversas partes do corpo.

Mais de 30 pacientes infectados estão sendo monitorados por um núcleo especial criado pelo SUS no Hospital Regional Metropolitano, em Várzea Grande. Porém, o desespero diante do surgimento das feridas que normalmente estão concentradas nas costas, abdômen e perna, tem feito com que os pacientes recorram à ajuda médica particular na tentativa de começar o tratamento mais rápido possível.

A equipe de reportagem foi até a clínica de estética para tentar conversar com a responsável, mas ela não atendeu. Por e-mail, ela afirmou que foi uma fatalidade e ainda admitiu que funcionários também foram infectados com a micobactéria. Além disso, a proprietária da clínica reforçou no e-mail que suspendeu o serviço do laboratório que fornecia as enzimas.

Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, frisa que além das sequelas no corpo ficaram a revolta e o medo. “Apareceram os nódulos, a vermelhidão, e ela [responsável] falava que era normal isso acontecer”, pontuou.

Outra paciente declarou que tem medo de morrer. “Eu tenho medo de morrer, tenho medo das seqüelas, porque eu tenho aqui em média de 35 a 40 nódulos nas minhas costas”, contou.

O Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidade do estado (Cermac) começou a atender pacientes em situação mais delicada desde o dia 13, quando o escândalo veio à tona. Por conta da gravidade das infecções e devido ao alto número de casos é que foi criado o núcleo de atendimento especial pelo SUS.


Pacientes foram infectados com micobactéria durante tratamento (Foto: Reprodução/TVCA)Os pacientes são atendidos por um médico infectologista, um cirurgião e uma enfermeira, que realizam os exames necessários para os procedimentos de recuperação. De acordo com o médico infectologista Luciano Correra, em alguns casos, o tratamento com remédio não será suficiente e o paciente terá que passar por cirurgia.

A clínica foi interditada após denúncias e o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) declarou que vai investigar sobre a existência de um profissional responsável que poderia estar trabalhando local. A presidente da instituição, Dalva Alves, disse que irá entrar em contato com o Ministério Público Estadual (MPE) para que também tomem alguma providência. A interdição do estabelecimento ocorreu no dia 9 de julho e os produtos utilizados no tratamento à base de enzimas foram apreendidos.

 A Secretaria Estadual de Saúde informou que o tratamento às vítimas está sendo integral.

Para ser atendido no Hospital Regional Metropolitano de Várzea Grande é necessário se cadastrar, primeiramente, no Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Saúde pelo número 0800 647 12 01.

 





Fonte: Do G1 MT

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