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Ciência
Domingo - 12 de Agosto de 2012 às 07:00

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Apesar de ser amplamente utilizada em muitos países como remédio para diversas doenças, devido a seus diferentes efeitos, a maconha continua sendo considerada uma substância polêmica. Entretanto, recentes avanços apresentados pelo laboratório da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, podem alterar o futuro da erva nos tratamentos médicos.

Uma equipe de cientistas israelenses, liderada por Ruth Gally, conseguiu neutralizar o THC (tetrahidrocanabinol), substância responsável pelos efeitos psicoativos da maconha que alteram temporariamente a percepção e o comportamento do usuário. Com a conquista, os pesquisadores procuram diminuir não só os efeitos colaterais da erva quando utilizada em tratamentos médicos, como também será reduzida a polêmica que ronda o tema.


Foi desenvolvida também uma maconha com mais canabidiol, uma molécula com propriedades benéficas para quem sofre de diabetes e artrite, entre outras doenças.

"O canabidiol reduz inflamações", afirma Ruth. "Acredito que podemos produzir um remédio barato a partir dele."

O ministério da saúde de Israel já autorizou uma empresa local a cultivar diversas variedades da planta em estufas, na Galileia, no sul do país. A empresa que vai desenvolver uma nova maconha com menos THC e mais canabidiol. Por enquanto 8 mil pacientes são atendidos em Israel com a erva medicinal, e a pretensão é que esse número dobre até o ano que vem.

Em uma casa de repouso de Israel, o novo tipo de maconha já está sendo usado com a autorização dos parentes dos idosos. Eles recebem doses diárias que são colocadas na comida ou no vaporizador.

"Agora, os pacientes comem melhor e muitos voltaram a se movimentar", conta a enfermeira-chefe do local.

Foi o caso de Moshe Rott. Ele tem 90 anos e sofre de artrose. Há um ano passou a usar o canabidiol e, hoje é o único que fuma todas as manhãs. O homem que não levantava da cama passou a andar de cadeira de rodas, voltou a pintar e consegue usar o computador.

"Não conseguia mexer as minhas mãos", diz Rott. "A cânabis me devolveu a vida."
 






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