Um novo estudo realizado por pesquisadores britânicos e americanos descobriu uma espécie de fruto seco na floresta tropical da África com uma coloração intensa em tons de roxo. A tonalidade da Pollia condensata, que cresce na Etiópia, Angola e Moçambique, não se origina de um pigmento natural, mas de camadas sobrepostas que refletem a luz.
As células da planta refletem cores diferentes, dando a ela uma aparência pontilhista - técnica usada por pintores impressionistas para usar uma série de pontos na representação de um objeto sólido inteiro. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, a fruta muda de cor conforme o ângulo em que é observada e não tem pigmentação azul.
A coloração forte vem da interação da luz com fibras minúsculas de fibras de celulose empilhadas em camadas em forma de espiral na parede celular da casca. A pesquisa, que foi publicada no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que a luz refletida por todas as células da casca é desviada de forma circular para o lado direito ou esquerdo, algo nunca visto antes em um único tecido. O fenômeno, no entanto, se parece com o observado na carapaça de besouros.
A luz refletida por todas as células da casca é desviada de forma circular para o lado direito ou esquerdoFoto: Reprodução
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