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Economia
Domingo - 23 de Dezembro de 2012 às 11:48

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Ao lado de investimentos gigantescos capitaneados por grandes consórcios, como a exploração de óleo e gás, a construção de ferrovias ou a montagem de navios e plataformas, um setor está na mira do Itaú para os investimentos: o de construção civil.

O presidente do banco, Roberto Setubal, diz que o segmento não sentiu o esfriamento da economia neste ano e deve continuar acelerado em 2013.

Além disso, o financiamento imobiliário deve ocupar um papel cada vez mais relevante nas carteiras de crédito do setor financeiro, uma vez que outras modalidades, como o financiamento de veículos, já se encontra mais perto do pico de demanda.

Ainda há fôlego para o crescimento do crédito?

Sim, mas não será mais 30% ao ano, vai crescer 15%, que é um número bom, mas não mais um impulso como foi antes. Saímos de 1,2 milhão de automóveis na década passada pra 3,6 milhões. Não vamos passar para 10 ou 12 milhões, não vai triplicar de novo em dez anos. Daqui a dez anos pode estar em 5 milhões. Mas não multiplica mais por três. A aceleração desse fator é menor

O financiamento imobiliário vai tomar o lugar?

É verdade, na próxima década vai haver uma demanda grande nesse setor. Os segmentos ligados de construção civil continuam com nível de atividade alta, não desaceleraram. Estão bem acelerados, até.

A economia está se reajustando a um novo ambiente internacional. Corretamente, o governo identifica que um dos fatores importantes daqui para a frente é uma parcela maior de presença de investimento como um fator de crescimento do PIB. O Brasil tem muita oportunidade de crescimento, especialmente na área de infraestrutura. O governo tem procurado criar as condições para que isso aconteça. A redução da taxa de juros é importante, ele tem tomado medidas muito relevantes, de grande impacto a longo prazo, de flexibilização da presença do setor privado, em portos e aeroportos isso é bem visível. Até pouco tempo nada disso era possível. Está havendo uma mudança que terá um impacto enorme, mas não acontece da noite pro dia, veremos acontecendo ao longo dos próximos anos.

A meu ver são impactos muito relevantes, vai dar sem dúvida um grande impulso nessas áreas, e o país está precisando dramaticamente de investimento em infraestrutura.

O país tem capacidade de poupança para bancar esse investimento?

O Brasil tem um nível de poupança relativamente baixo e vai ter que complementar com poupança externa. Sem poupança externa o nível de investimento vai ficar prejudicado. Vamos ter que balanceadamente combinar poupança interna com externa. Digo balanceadamente porque não podemos depender só de poupança interna nem podemos permitir uma enxurrada de recursos externos, porque traria problemas, mas temos que gerar esse fluxo de investimentos para o Brasil. 






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