Escolas passam por reforma porque telhado podia ceder, aponta secretaria. Maioria das escolas começou ano letivo nesta segunda em Várzea Grande.
Greve chega ao fim mas duas escolas não voltam às aulas em cidade de MT
A greve dos profissionais da rede municipal de ensino de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, encerrou na última quarta-feira (27), no entanto, para alunos de duas escolas a previsão é que as aulas só comecem na quarta-feira (6). Segundo o secretário municipal de Educação, Jonas Sebastião da Silva, as escolas dos bairros Serra Dourada e 15 de Maio passam por reparos e, por isso, ainda estão sem aulas.
“Elas estavam com defeito e a análise apontou que havia risco de ceder o madeiramento. Então nós estamos fazendo a estruturação do telhado e corrigindo o que era preciso. Essas duas escolas devem estar até quarta-feira voltando às aulas normais”, ressaltou. Várzea Grande possui 60 escolas municipais e 19 creches, com aproximadamente 23 mil alunos.
A paralisação dos professores começou no dia 18 de fevereiro, data em que deveria ter iniciado o ano letivo na cidade. Com a greve, a prefeitura havia adiado o começo das aulas para o dia 25 de fevereiro, mas a paralisação ainda estava mantida. Os funcionários públicos se recusaram a começar as aulas em fevereiro porque estavam com os salários atrasados, desde dezembro. Na semana passada, a prefeitura fez uma proposta e a categoria decidiu voltar ao trabalho.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, foi feito um calendário para a regularização dos pagamentos. O salário de fevereiro e o décimo terceiro devem ser depositados para os funcionários públicos até o dia 15 deste mês.
Das 79 unidades escolares, entre escolas e centros municipais de educação infantil, que começaram o ano letivo, a grande maioria só começou a funcionar nesta segunda-feira (4). Para a operadora de caixa Eliane Salvador, o retorno é um alívio. A filha de 9 anos estuda na Escola Ângela Jardim Botelho, no bairro Canelas. Durante a greve dos professores da rede municipal de educação, Eliane teve que deixar a filha com parentes e vizinhos para ir ao trabalho. “Eu tinha que trabalhar. Então ela ficava com a avó, tia, vizinha. Porque nós fazemos uma programação para as férias. Mas se elas se estendem a gente fica desprogramada”, enfatizou.
Por outro lado, a preocupação dos diretores era também com a merenda escolar. Segundo a diretora de uma das escolas municipais que retomaram o ano letivo, Daluza Benedita, faltava merenda para os alunos. “Não tínhamos o que dar a eles. Como chegou na quinta-feira passada, estamos retornando somente hoje”, explicou. O secretário de Educação garante que todas as unidades receberam merenda escolar suficiente até a próxima entrega.
Comentários