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Nacional
Quarta - 31 de Julho de 2013 às 14:10

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A falta de radares móveis deixa o motorista livre para abusar da velocidade, já que os equipamentos fixos não dão conta de fiscalizar todo o fluxo de veículos, o que pode aumentar o número de acidentes. A análise é do professor da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos (SP), Antônio Nelson Rodrigues da Silva, após o término do contrato que fez os radares móveis serem removidos em todo o Estado de São Paulo.

O contrato venceu em janeiro deste ano e 42 radares móveis deixaram de operar. Apenas 24 ficaram. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), uma licitação já foi aberta e os radares devem voltar a funcionar em setembro.

Motoristas
O pastor Leonardo Santa Oliveira notou a diminuição dos radares. “Sempre viajo de São José do Rio Preto para Limeira. No percurso de 300 quilômetros eu via até cinco radares, dessa vez vi somente dois. Mas acredito que o fixo faça a motorista reduzir, já o móvel pode fazer o condutor parar em cima da hora e provocar um acidente”, contou.

A comerciante Elizama Filó também percebeu a redução dos equipamentos e apoia. “Uso o GPS para identificar onde estão os radares fixos, mas não dá para fazer com os móveis. Por isso levei três multas em uma só viagem e as multas me prejudicaram muito no bolso”, disse.

42 radares móveis deixaram de operar e só 24 ficaram (Foto: Felipe Lazzarotto/ EPTV)


42 radares móveis deixaram de operar e só 24
ficaram (Foto: Felipe Lazzarotto/ EPTV)

O empresário Willian Roberto Kabbach não sente falta dos radares. “Cheguei a perder a carteira de habilitação depois de levar várias multas por excesso de velocidade porque quando você sai da velocidade de 110 km/h e passa para 90 km/h o radar móvel flagra bem nesta hora. Acho injusto”, contou.

O conferente de materiais Jair do Carmo Braga também prefere. “Acho bom que não tenha tantos radares móveis, o radar fixo é melhor. Na verdade acredito que os radares móveis sejam só mais uma indústria para ganhar dinheiro”, explicou.

Para o professor do Departamento de Engenharia de Transportes da USP, Antônio Nelson Rodrigues da Silva, os radares móveis são essenciais para complementar os fixos. “O radar fixo como todo mundo sabe onde ele está, ou pelo menos é avisado de que ele está naquele local faz o motorista diminuir a velocidade pelo menos naquele trecho. Já o radar móvel tem objetivo de garantir que o condutor vai manter a velocidade em uma faixa grande da rodovia”, contou.

Segundo o Silva, os radares móveis contribuem para que se houver acidente, que seja menos grave. “Na realidade não são os radares móveis que zeram os acidentes, mas se você consegue de alguma forma reduzir a velocidade, pelo menos a gravidade dos acidentes vai ser menor. Se de alguma forma você consegue reduzir a velocidade, certamente reduz a velocidade dos acidentes”, explicou.





Fonte: Do G1

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