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Meio Ambiente
Segunda - 05 de Agosto de 2013 às 23:15

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Ainda na infância, o fotógrafo Luciano Candisani visitou o Pantanal em uma viagem de férias com seu pai e ficou encantado com a natureza do lugar. Já adulto, ele resolveu voltar para fazer trabalhos fotográficos da região, conhecer um pouco mais dos mistérios do local e pedir a consevação de uma das maiores planícies inundáveis do planeta.


Fotografia de natureza - Luciano Candisani  (Foto: reprodução GloboNews)


Candisani estudou sobre jacarés para fotografá-los (foto: Luciano Candisani - reprodução GloboNews)

“Meu objetivo principal era procurar lugares onde a água da inundação dos campos escoa de volta para os rios, no período conhecido como vazante. Nessa época, as águas ficam muito claras e funcionam como uma janela para o fundo dos rios pantaneiros”, explica o fotógrafo sobre seu período no Pantanal.

Foram diversas fotografias impressionantes feitas na região e uma delas rendeu a Candisani um dos mais importantes prêmios de fotografia de natureza: do Museu de História Natural em Londres, na Inglaterra. A imagem, ‘Na boca de um jacaré’, foi tirada no Rio Negro.

“O animal está no fundo da vazante, de boca aberta e com peixes em volta, esperando o momento de abocanhar sua presa”, conta ele sobre o momento do registro. O fotógrafo disse que observou o comportamento dos jacarés, o que o permitiu ficar perto do animal para registrar aquele momento.

A foto, inclusive, desencadeou o debate sobre a proteção do Pantanal. “Eu pude falar das águas pantaneiras em várias palestras na Europa”, destaca.

Reconhecido internacionalmente

Luciano está entre os mais importantes fotógrafos de natureza da atualidade. Ele é o único brasileiro indicado para ser integrante permanente da Liga Internacional dos Fotógrafos da Conservação.

A Liga foi criada nos Estados Unidos por fotógrafos e editores da revista ‘National Geographic’ com o intuito de reunir um grupo de profissionais, dentro do jornalismo voltado para o meio ambiente. Para participar do grupo é preciso preencher dois critérios: excelência fotográfica e capacidade de mover as pessoas em direção à conservação.

A partir da associação, Candisani já participou de uma expedição em recifes nas Filipinas, área ameaçada pela pesca pedratória. No Brasil, eles visitaram a região dos Abrolhos, na Bahia, e o Atol das Rocas, no Rio Grande do Norte.

Ligação com o meio ambiente

Candisani começou a fotografar com 14 anos, mas na hora da escolha profissional acabou escolhendo o curso de biologia. "Sem querer, fiz uma ótima escolha. O curso me abriu a oportunidade de começar profissionalmente como fotógrafo de expedições científicas", explica ele.

Por causa do curso, Luciano foi trabalhar no Instituto Oceanografia, que o ajudou a começar como fotógrafo de expedições científicas. Em 1995, o fotógrafo foi para duas expedições à Antártida, onde fez fotografias da vida debaixo da água congelada do mar, um trabalho até então inédito. “Foi isso que abriu as portas das primeiras publicações importantes e me permitiu iniciar uma carreira de fotojornalista especializado em temas de meio ambiente e conservação”, conta Candisani.

Luciano já tem sete livros publicados e todos com o mesmo objetivo: usar a imagem como bandeira para despertar o interesse pela conservação.






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